A Bahia foi o primeiro estado do Nordeste a aderir à campanha para descartar corretamente os medicamentos vencidos que, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), podem poluir o solo e a água, trazendo riscos para o ambiente e para as pessoas gerando, inclusive, problemas de saúde quando jogados no lixo ou no esgoto. A quantidade de medicamentos vencidos descartados dessa forma fica entre cinco mil e 34 mil toneladas segundo a Anvisa, e, apesar disso, a maioria das cidades não têm incineradores ou aterros adequados para fazer o descarte correto.
Em São Paulo, duas grandes redes de farmácias e todas as Unidades Básicas de Saúde da capital já aceitam os remédios trazidos pela população. Outros Estados têm iniciativas similares. Porém, a criação desses postos é voluntária, já que farmácias e hospitais não são obrigados a recolher medicamentos, nem consumidores são obrigados a levá-los para a coleta.
Segundo a farmacêutica, Maria Fernanda Barros, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Centro de Informação sobre Medicamento do Conselho Regional de Farmácia, são as farmácias o melhor destino para esses remédios, existindo em Salvador, 24 pontos de descarte para medicamentos vencidos .
-O único local correto para o descarte de medicamento vencido são em farmácias que possuam o Programa de Descarte. Quando medicamentos são jogados em lixo domiciliar, esgoto ou vaso sanitário podem causar danos ambientais e danos para a saúde da população, como contaminação da água, do solo e de animais, afirma.
Ela disse, ainda, que nesses pontos de descarte, apenas pessoas credenciadas têm acesso ao conteúdo interno da urna que é aberta para a retirada dos remédios para o descarte correto, projeto novidade em muitos estados brasileiros.
Segundo a farmacêutica, em Salvador, existe um grupo de estudo sobre descarte de medicamentos vencidos ligado ao Conselho Regional de Farmácia, com relação direta com o Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde, onde farmacêuticos e outros setores da comunidade estão envolvidos. De acordo com Fernanda, “ o próximo passo do grupo é realizar campanhas educativas para orientar a população e capacitar multiplicadores”.
Conforme o grupo, a cada quilo de medicamento descartado de maneira irregular cerca de 450 mil litros de água são contaminados. O objetivo do grupo é ajudar pesquisas referentes à quantidade de medicamentos vendidos em cada embalagem e também desestimular a utilização de sobras de remédios de tratamentos antigos.
Para saber onde você pode descartar os medicamentos vencidos ou sem utilidade, basta acessar o site: WWW.DESCARTECONSCIENTE.COM.BR/BAHIA
Abaixo, parte da entrevista de Maria Fernanda para o Saúde no Ar:
Aurora Vasconcelos
Eu amo seu post obrigado.