Avanços contra o câncer

Um dos desafios da oncologia é garantir a qualidade de vida dos pacientes e aumentar a sua sobrevida. O desenvolvimento de drogas inteligentes, a chamada terapia molecular alvo-dirigida, e a imunoterapia têm revolucionado o tratamento sistêmico da doença, inclusive nos estágios mais avançados.

Atualmente, alguns tipos de tumor já podem ser tratados em casa com o uso de comprimidos (quimioterápicos orais). Cada dia mais os procedimentos cirúrgicos associados à tradicional quimioterapia para tratamento de alguns tipos de tumores têm sido substituídos por comprimidos orais.

As drogas inteligentes ou drogas-alvo têm maior especificidade e menor toxicidade, identificam e atacam apenas as células cancerígenas, preservando as saudáveis, e causando menos efeitos colaterais. No caso da imunoterapia, são drogas que estimulam o sistema imunológico para que ele reaja contra o tumor, atacando as células cancerígenas.

“Essas drogas trazem um avanço considerável e promissor ao tratamento do câncer. São substâncias indicadas para tumores específicos e permitem um tratamento menos agressivo, com menos efeitos colaterais, favorecendo a qualidade de vida do paciente”, afirma a oncologista Gildete Lessa.

A individualização do tratamento contra o câncer e a combinação da terapia-alvo e da imunoterapia são tendências da oncologia mundial. A análise do tipo celular do tumor (histologia), do estágio da doença e das condições do paciente são fundamentais para o médico selecionar qual tratamento será o mais indicado.

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para o ano de 2016, a estimativa do Instituto é de que ocorra 57.960 novos casos no País.

Já entre os tumores que se desenvolvem no chamado trato gastrointestinal – que se estende da boca até o ânus e consiste no esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (cólon e reto) – entre os mais frequentes estão o do colorretal, de pâncreas e do estômago.

Esses são tipos de cânceres silenciosos e considerados entre os mais letais por especialistas, pois provocam metástase, processo em que a doença se espalha pelo organismo através da corrente sanguínea.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer constitui um grande desafio ao desenvolvimento, comprometendo avanços sociais e econômicos por todo o mundo. Aproximadamente 47% dos casos de câncer e 55% das mortes por câncer ocorrem em regiões menos desenvolvidas do mundo.

Fonte: NOB

Redação Saúde no Ar*

Ana Paula Nobre

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