Baseadas na tecnologia 3D, estão sendo desenvolvidas próteses e órteses por uma empresa do Rio Grande do Sul. A 3D Protos, de Porto Alegre, vem desenvolvendo testes em relação a impressão de próteses 3D que visam atender os pacientes que sofreram algum tipo de amputação em suas vidas.
“Estamos pesquisando e testando as próteses e agora também as órteses. Com o avanço tecnológico cada vez maior, esses dispositivos ganham novas maneiras de serem construídos e utilizados”, afirma Fernando Flores, diretor da 3D.
Assim, a 3D Protos pretende lançar sua linha de produtos aos poucos a partir de março, depois do encerramento da fase de testes. “Tivemos o cuidado de examinar cada passo para ver se temos o potencial que imaginamos. Assim, testamos e vamos certificar os produtos antes de lançá-los”, diz. Os projetos desenvolvidos pela 3D precisam de estudos completos que exigem grande atenção nas diversas etapas.
“Notamos que tínhamos um grande potencial na mão: um material adequado e diferente que poderia ser utilizado para esse fim, um método de produção que permite fazer produtos mais baratos e conhecimento técnico para desenvolver esses produtos. Então a gente conta com pessoas da área da saúde que sabem quais são os melhores formatos e maneiras de produzir e conceber os produtos”, conta Fernando, que também valoriza as pesquisas à respeito de interface, posicionamento e a modelagem 3D elaboradas, tendo em vista suprir a necessidade específica de cada paciente.
A órtese se difere da prótese por ser um aparelho externo de auxílio na função da parte do corpo. Já a prótese é o dispositivo de substituição ao membro do corpo perdido. Mas as próteses nem sempre foram confortáveis. Pelo contrário, ao longo da história, muitos sofreram até mesmo com feridas causadas pela ferramenta. Por isso, o desenvolvimento da área é importante para que não existam abandonos.
“Observamos que existe essa lacuna aberta para esse serviço, pois o índice de abandono das próteses pode chegar a até 70%, como nos casos de tratamento para membros superiores. Assim, com esse projeto em desenvolvimento, pretendemos criar próteses impressas em três dimensões realmente ajustados ao paciente, para que eles se adaptem da melhor maneira possível e não abandonem as próteses, episódio recorrente em muitos casos”, explica Flores.
As pessoas mutiladas que perderam algum membro, órgão ou parte dele, recorem as próteses como forma de substituir a parte do corpo. Segundo cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, a primeira prótese encontrada foi no corpo de uma mulher egípcia de 2400 anos, que teve seu dedão do pé direito amputado. Assim, foi produzido uma prótese de madeira e couro, encontrada junto ao seu corpo.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N.)