Auxílio emergencial diminui extrema pobreza ao menor nível em 40 anos

Com a declaração de pandemia por conta do novo coronavírus, o governo brasileiro laçou o auxílio emergencial, que durante a pandemia reduziu a extrema pobreza no país ao menor nível em 40 anos. Essa é a conclusão de uma análise feita pelo pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a pesquisa, em junho deste ano 3,3% da população brasileira, o que corresponde a quase 7 milhões de pessoas, vivia na extrema pobreza. No mesmo período do ano passado, o contingente era de 6,9% (14 milhões de pessoas). São computados neste grupo aqueles quem têm renda domiciliar per capita de 1,90 dólares por dia ou 154 reais mensais por integrante da família. As informações têm como base as Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD-COVID).

De acordo com o pesquisador, apesar das analises não serem 100% comparáveis, é seguro dizer que a extrema pobreza está em seu menor nível desde ao menos os anos 80, quando o cálculo começou a ser feito com alguma precisão. Naquela época, cerca de 16% da população brasileira vivia na miséria. Segundo informações do IBGE, o ano com menor índice de extrema pobreza até então foi 2014, quando 4,2% da população estava nesta faixa econômica.

O economista avalia que o fato de em junho quase 50% da população estar recebendo o auxílio emergencial de 600 reais impulsionou esse resultado positivo, com destaque também para as mães e pais solos que acumularam dois benefícios. O fim previsto do apoio, contudo, significa que o resultado não deve se manter.

 

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