“Autorização” para poder morrer

Após receber autorização de um tribunal de justiça da Espanha, médicos retiraram a alimentação artificial de uma menina de 12 anos, que sofre com uma doença degenerativa incurável, desde os oito meses de idade, atendendo aos pais dela (foto) que pediam uma “morte digna” para a pequena.

A garota, que se chama Andrea, sofre de uma doença neurodegenerativa irreversível e seus pais solicitaram na sexta-feira(02.10)  a um juiz que se pronunciasse sobre seu desejo de colocar fim ao “suporte vital”.

“Minha filha está há 12 anos lutando como uma vencedora, chegou ao seu limite e seu corpo já não aguenta mais, porque nunca teve uma grande expectativa de vida”,  afirmou a mãe, Estela Ordóñez, à emissora de rádio Cadena Ser.

A mãe disse que mesmo em fase “terminal”, a doença não diminui e nos últimos anos os episódios negativos só aumentaram – até que em setembro de 2014 a saúde de Andrea começou a se deteriorar: “o caso de minha filha não é de eutanásia, o caso dela é que chegou ao final e não a deixam ir”, insistiu.

Em meados de setembro, um comitê de ética do  Complexo Hospitalar Universitário de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, recomendou retirar tal alimentação artificial de Andrea e considerar a sedação paliativa. Mas a equipe de pediatria do hospital negava-se a fazê-lo, quadro que levou os pais da menina à justiça e à imprensa.

Conforme Sergio Campos  Nieto, advogado da família, em declarações à imprensa, “ela vai receber um sedativo, forte, para que não sinta dor, e a mínima hidratação para que esta sedação surta efeito e a princípio este é o plano terapêutico”. Ele não sabe quantos dias levarão até a menina falecer, mas estimou que ela terá “um final suave, um pouco mais fácil do que a vida que tem levado até agora”.

Redação Portal Saúde no Ar

 

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