Autoridades de Cuba chegam ao Brasil para discutir programa Mais Médicos

O impasse em torno do programa Mais Médicos deve ser resolvido nesta semana. Uma delegação de Cuba deve chegar ao Brasil na próxima semana para discutir com o governo brasileiro uma solução.

A crise começou há duas semanas, depois que o governo cubano decidiu suspender o envio de 710 médicos que já haviam concluído o treinamento para trabalhar em cidades brasileiras.

A decisão foi tomada diante do descontentamento com o número de profissionais que, concluído o prazo de três anos de permanência no Mais Médicos, obtiveram na Justiça o direito de ficar no Brasil, à revelia do governo cubano.

No ano passado, Brasil e Cuba renovaram um contrato – feito com a participação da Organização Pan-Americana de Saúde – de recrutamento de profissionais cubanos para trabalhar no Mais Médicos. Pelo acordo, médicos da ilha que já tivessem concluído os três anos de permanência no programa deveriam retornar ao país de origem. Eles seriam substituídos por novos profissionais. A estratégia tinha como objetivo justamente evitar o risco de médicos se acostumarem ao Brasil e resistirem em voltar para a ilha. A exceção seria dada para aqueles que constituíram família no Brasil.

O programa Mais Médicos tem atualmente 18.400 profissionais. A maioria, cubanos: 10.400. Desde que assumiu a pasta, o ministro Ricardo Barros anunciou a estratégia de reduzir a participação de profissionais recrutados a partir do convênio com a Opas. A intenção, no entanto, era fazer isso de forma gradual. Com a decisão de Cuba, o receio é de que a substituição não possa ser feita da forma adequada e, com isso, o Brasil volte a sofrer com vazios assistenciais.

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