Os pesquisadores Irene Scopelliti, George Loewenstein e Joachim Vosgerau, da Universidade Carnegie Mellon , em artigo publicado na revista Psychological Science desafiam conselhos tradicionalmente dados pelos “gurus” do mundo dos negócios. Segundo eles, gabar-se aos colegas sobre uma promoção ou postar fotos de seu carro novo podem parecer maneiras inofensivas de compartilhar boas notícias.
No entanto, se você estiver fazendo isto no sentido de autopromoção – para mostrar que “você é o cara” – esses tiros muitas vezes sairão pela culatra.
Os pesquisadores queriam descobrir por que tantas pessoas frequentemente se perdem quando deixam o campo da modéstia e partem para uma atuação mais agressiva no campo da autopromoção.
Eles descobriram que isto ocorre porque os autopromotores superestimam as emoções positivas que sua autopromoção provoca nos outros e, ao mesmo tempo, subestimam as emoções negativas que o mesmo ato produz.
Como consequência, quando as pessoas tentam melhorar a opinião favorável que os outros têm delas, acabam se autopromovendo em excesso, o que tem o efeito oposto ao pretendido. Afinal, não se pode esquecer que a inveja faz parte do ser humano.
“A maioria das pessoas percebe que experimentam emoções diferentes da alegria pura quando estão na ponta de recepção da autopromoção de outra pessoa. No entanto, quando nós próprios nos envolvemos em autopromoção, tendemos a superestimar as reações positivas dos outros e subestimar suas reações negativas,” resumiu Scopelliti.
“Estes resultados são particularmente importantes na era da internet, quando as oportunidades para a autopromoção têm proliferado através das redes sociais. Os efeitos podem ser agravados pela distância adicional entre as pessoas que compartilham informações e os seus destinatários, o que pode tanto reduzir a empatia do autopromotor, quanto diminuir o compartilhamento da alegria pelo destinatário,” finalizou a pesquisadora.
Fonte: Diário da Saúde
A.V.