Amostras de sêmen tiveram solicitações e anuências de importação ampliadas em mais de 2500%, de 2011 a 2016. Os dados são do 1° Relatório de Importação de Amostras Seminais para uso em Reprodução Humana Assistida, produzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nele consta informações relevantes como a procedência e o destino das amostras; as características fenotípicas dos doadores de sêmen solicitadas no processo de importação, por exemplo, a cor dos cabelos e dos olhos; o perfil dos solicitantes das amostras, dentre outras.
O documento apresenta números inovadores, como o crescimento importante de importação do material por casais homoafetivos, quando é analisado o número de amostras por cada grupo, nos últimos três anos. O grupo que apresentou maior crescimento foi o de casais homoafetivos de mulheres, em 279%, seguido pelo grupo de mulheres solteiras, em 114% e pelo de casais heterossexuais, em 85%.
Outro dado é que, de 2014 a 2016, foram emitidas anuências para a importação de 1.011 amostras. Destas, 79% foram destinadas aos Banco de Células e Tecidos Germinativos – BCTG da região Sudeste, 10% da região Sul, 6% foram enviadas à região Nordeste e 5% aos Bancos da região Centro-Oeste do país.
O Estado de São Paulo importou a maioria das amostras solicitadas à Anvisa – 657 (65%), seguido pelo Estado do Rio de Janeiro com 122 importações – 12%. A maioria dos BCTG encontram-se no Estado de São Paulo, são 47 Bancos. Quanto às características fenotípicas, das 1.011 amostras seminais importadas, de 2014 a 2016, a cor dos olhos azul foi a predominante – 524 amostras (52%). Em segundo lugar ficou castanho (24%), seguida da cor verde (13%) e avelã (11%).
O relatório objetiva levantar elementos para a discussão do aperfeiçoamento dos modelos regulatórios e das políticas de reprodução humana no país. Bem como, dar transparência às ações da Anvisa no cumprimento de sua missão: promover o acesso a produtos e serviços seguros e de qualidade ao cidadão brasileiro.
“Ao longo dos últimos anos, com a tendência de aumento da importação de amostras seminais, a Anvisa tem considerado a necessidade de uma abordagem cada vez mais eficiente no que tange aos trâmites do processo de importação, de forma a integrar análises técnicas que repercutam, de fato, na qualidade e segurança do material biológico e otimizar os trâmites documentais”, explica Joao Batista da Silva Junior, Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa (GSTCO), área responsável pela liberação das importação de amostras de sêmen.
Fonte: Ascom Anvisa
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Redação Saúde no Ar