Cerca de metade das crianças identificadas como soropositivas recebem o tratamento de que necessitam no leste da Ásia-Pacífico, informou a Organização das Nações Unidas – ONU, nesta segunda-feira (14). Para obter o resultado, uma em cada quatro crianças nascidas de mães com HIV na região foi testada logo após o nascimento.

Para o diretor regional do Unicef para o Leste Asiático e Pacífico, Daniel Toole, é necessário garantir o teste e tratamento com eficácia mesmo das crianças e das famílias em áreas de mais difícil acesso.

Entre 2010 e 2014, a proporção de mulheres grávidas soropositivas que recebem o tratamento excedeu a duplicação, no entanto, mais mulheres grávidas que vivem com HIV estão sendo diagnosticadas e tratadas com maior atenção.

De acordo com a ONU, sem tratamento, incluindo medicamentos antirretrovirais, as mulheres HIV-positivas têm risco de até 45% de transmitir o vírus a seus filhos, no entanto, se o tratamento for adequado, o risco de uma mãe transmitir o vírus cai para cerca de 1%.

Em 2014, foram contabilizadas 21 mil novas infecções entre crianças na região da Ásia-Pacífico. Já no ano de 2000, foram registradas 29 mil, o que representa uma queda de 27%, referente no decorrer desses 14 anos, de acordo com a Unaids.

Steve Kraus, diretor regional da Unaids, enfatiza que se os países da região da Ásia-Pacífico redobrarem esforços e garantirem a todas as mulheres grávidas que façam o teste no início de sua gravidez e recebam tratamento, poderiam chegar a zero infecções por HIV em crianças.

Com o ótimo exemplo de Cuba, considerado o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, confirmada pela Organização Mundial de Saúde, em 2015, Steve, diz que assim como Cuba provou ao mundo que isso é possível, outros países da região, precisam desafiar e mostrar seu compromisso de uma geração livre da Aids.

L.O.