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As vacinas para crianças e as doenças que elas previnem

Durante consulta publica, que contou com quase 100 mil realizada através do Ministério da Saúde; o grupo se manifestou contra a necessidade de apresentação de prescrição médica para a imunização e a favor da priorização das crianças com comorbidade.

“Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação”, disse a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosane Leite de Melo.

Anteriormente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado o uso da vacina da Pfizer em pessoas com idade entre cinco e 11 anos. Assim, com a avaliação da consulta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as doses para crianças dessa faixa etária devem começar a chegar ao Brasil a partir do próximo dia 10. Com previsão de que imunização comece a partir da segunda quinzena de janeiro.

Vacinas obrigatórias

Contudo, mesmo com grande número de vacinados contra a covid-19, e o interesse na imunização de crianças, grupo com grande nível de transmissão do vírus. O número de vacinados contra gripe; poliomielite e outras doenças não é satisfatório.

De acordo com a assessora técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Antônia Maria Teixeira; “[A pandemia] pode ser um potencializador, mas não é necessariamente a causa principal. Não se nega a importância que a pandemia teve nesse processo”, disse a pesquisadora; que citou uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); indicando que a adoção de quarentenas e lockdown para prevenir a covid-19 afetou a vacinação de bebês em pelo menos 68 países.

Além disso, dados do programa revela que entre os anos 1995 e 2015, as coberturas vacinais eram mantidas em patamares altos e novas vacinas acrescentadas ao calendário; assim, hoje ofertando 23 imunizantes para proteger diferentes faixas etárias contra 19 doenças; o resultado apresentado é uma queda da incidência das doenças contra as quais já há vacinas disponíveis, disse a enfermeira.

Dessa forma, apesar de polêmica a respeito da obrigatoriedade da imunização ter ganhado vulto recentemente, há pelo menos 18 vacinas obrigatórias que crianças já tomam no Brasil.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece que a “obrigatoriedade da vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.

Oferecidos gratuitamente em postos de saúde de todo o Brasil, veja a seguir quais vacinas obrigatórias até o momento presentes no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as doenças que elas previnem;

BCG – Protege contra formas graves de tuberculose: meníngea e miliar. Composta por uma bactéria viva atenuada e precisando ter administração de dose única ao nascer.

Hepatite B – Imuniza contra a hepatite B. É composta por antígeno recombinante de superfície do vírus purificado. Deve ser administrada, por via intramuscular, uma dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.

DTP+Hib+HB (Penta) – Utilizada no combate à difteria, ao tétano, à coqueluche, à Haemophilus influenzae B e à hepatite B. Três doses devem ser administradas, por via intramuscular, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.

Poliomielite 1,2,3 (VIP – inativada) – É administrada em três doses e é composta pelo vírus inativado tipos 1, 2 e 3 no combate à poliomielite. A primeira dose dever ser administrada aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira dose aos 6 meses de vida da criança. A orientação é aplicar injeção em intervalo máximo de 60 dias e o mínimo de 30 entre uma e outra por via intramuscular.

Pneumocócica 10 valente (Pncc 10) – Administrada no combate a pneumonias, meningites, otites e sinusites pelos sorotipos que compõem a vacina. O esquema vacinal consiste na administração de duas doses e um reforço. A primeira administrada aos 2 meses de idade, a segunda aos 4 e o reforço aos 12 meses. A administração é realizada por via intramuscular.

Rotavírus humano G1P1 (VRH) – Protege contra a diarreia causada pelo rotavírus. Administradas duas doses, aos 2 e 4 meses de idade, por via oral.

Meningocócica C (conjugada) – Protege contra a meningite meningocócica tipo C. Administradas, por via intramuscular, duas doses, aos 3 e 5 meses de idade e um reforço aos 12 meses.

Febre amarela (atenuada) – Protege contra a febre amarela. Administrada, por via subcutânea, uma dose aos 9 meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos de idade.

Poliomielite 1 e 3 (VOP – atenuada) – Protege contra o poliovírus tipo 1 e 3;  administrada como reforço, por via oral, o primeiro realizado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade.

Difteria, tétano, pertussis (DTP) – Protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche;  administrada como reforço, por via intramuscular, com a primeira realizado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade.

Sarampo, caxumba, rubéola (SCR) – Composta pelo vírus vivo atenuado do sarampo, da caxumba e da rubéola. A primeira dose deve acontecer, por via subcutânea, aos 12 meses de idade e o esquema de vacinação completado com a administração da vacina tetra viral aos 15 meses de idade (corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela).

Sarampo, caxumba, rubéola, varicela (SCRV) – Composta pelo vírus vivo atenuado do sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e administrada aos 15 meses de idade por via subcutânea.

Hepatite A (HA) – Combate a doença de mesmo nome e é um antígeno do vírus da hepatite A, inativada. Administrada uma dose aos 15 meses de idade por via intramuscular.

Varicela – Composta do vírus vivo atenuado da varicela. Administrada, por via subcutânea, uma dose aos 4 anos de idade. Corresponde à segunda dose da vacina varicela, considerando a dose de tetra viral aos 15 meses de idade.

Difteria, tétano (dT) – Protege contra a difteria e o tétano. Administrada, por via intramuscular, a partir de 7 anos de idade. Se a pessoa estiver com esquema vacinal completo (três doses) para difteria e tétano, administrar uma dose a cada 10 anos após a última dose.

Papilomavírus humano (HPV) – Responsável por combater o papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante). Duas doses administradas, por via intramuscular, com intervalo de seis meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) e nos meninos de 11 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).

Pneumocócica 23-valente (Pncc 23) – Indicada no combate a meningites bacterianas, pneumonias, sinusite, etc. Administrada, por via intramuscular, uma dose em todos os indígenas a partir de 5 anos de idade sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas.

Influenza – Protege contra a influenza. Administrada, por via intramuscular, uma ou duas doses durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, conforme os grupos prioritários definidos no Informe da Campanha.

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