A World Dental Federation (FDI), principal órgão representativo da classe dos dentistas no mundo, reivindicou à Organização Mundial de Saúde (OMS) a inclusão da Prevenção da Saúde Bucal na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2018. O pedido vem depois de, em maio, na 70ª Assembleia Mundial da Saúde, na Suíça, a OMS ter excluído a Saúde Bucal das previsões orçamentárias dos próximos dois anos. No relatório apresentado, não havia menção a qualquer financiamento à Saúde Bucal.
“Pesquisas comprovam ligações entre a falta de cuidados com a dentição e doenças em todos os órgãos do corpo humano, como diabetes, patologias cardiovasculares, renais, cerebrais e até respiratórias”, destaca Marcos Oliva, Doutor em Biotecnologia e Mestre em Cirurgia Buco Maxilo Facial, reforçando a necessidade de uma maior atenção à política de Saúde Bucal também no Brasil.
O dentista, ao lado dos sócios Eduardo Oliva e Agda Rios, aproveita a proximidade do dia 25 de outubro, quando é celebrado o Dia do Dentista Brasileiro e Dia Nacional da Saúde Bucal, para destacar a falta de disseminação da importância desses tratamentos e meios de prevenção como um dos maiores desafios da profissão atualmente. “Criou-se um ‘medo’, na cultura brasileira, do profissional da Odontologia. Precisamos ressignificar a importância das ações preventivas, como já ocorre em outras áreas da Saúde”, diz Agda Rios, Mestre em Odontologia e pós-graduada em Terapêutica Odontológica.
BRASIL – O Brasil, apesar de ser o país com o maior número de cirurgiões-dentistas do mundo, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), apresenta uma situação crítica quando se fala em Saúde Bucal. Dados do IBGE revelam que 11% da população brasileira é de desdentados (mais de 20 milhões de pessoas) e 41,5% das pessoas com mais de 60 anos já perderam todos os dentes. A maior parte dos atendimentos é feito em consultório particular, sendo apenas 19,6% realizados no sistema público, o que mostra que não faltam dentistas, mas uma dificuldade de acesso a eles.
“A perda dentária, no Brasil, começa cedo. Por isso, visamos a necessidade da inclusão do dentista já no âmbito escolar, seja por meio de políticas públicas ou ações do setor privado, que promovam a Saúde Bucal e um estilo de vida saudável já na infância e adolescência”, sugere Eduardo Oliva, Especialista de Prótese e Implantes Dentários.
Fonte: Organização Mundial de Saúde
Foto: Google
Redação Saúde no Ar
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