Artigo publicado na revista Science revela propriedades que exportam soja e carne ‘contaminadas’ pelo desmatamento ilegal na Amazônia e Cerrado. De acordo com o artigo publicado no site EcoDebate, mesmo que os madeireiros tendo ciência da importância do manejo florestal para a sobrevivência do próprio negócio, o mesmo não é feito de forma adequada . “Estes problemas fazem parte de um processo ilegal e irresponsável de ocupação da Amazônia, amplamente denunciado pelos movimentos sociais”.
Ainda, segundo o artigo, o trabalho escravo é intensamente utilizado na primeira fase do processo (grilagem e desmatamento ilegal). Mesmo que a agricultura sustentável e ambientalmente responsável já seja praticada no país.
De acordo com a publicação na revista Science, o governo brasileiro e parceiros do Mercosul e da União Europeia (UE) já dispõem de dados concretos à mesa para as discussões sobre as exportações de soja e carne do Brasil para os países do bloco europeu, tendo em vista as restrições dos compradores à produção agropecuária contaminada pelo desmatamento ilegal. um grupo de pesquisadores da UFMG, liderado pelos professores Raoni Rajão e Britaldo Soares-Filho, produziu, com instituições parceiras no Brasil e no exterior, estudo em que identifica as propriedades que desmataram ilegalmente, entre 2008 e 2018, para ampliar plantações e pastagens. Os cientistas demonstram que pelo menos cerca de 20% das exportações do país estão potencialmente vinculadas ao desmatamento à margem da lei – e, pela primeira vez, são identificados os produtores responsáveis. Os pesquisadores desenvolveram um software de alta performance para analisar 815 mil propriedades rurais individuais.
Fonte: EcoDebate / Science
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