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Artigo: Câncer no Brasil e a cura mais acessível

Embora existam campanhas importantes para conscientização sobre câncer no Brasil, câncer de mama e próstata continuam com alta incidência e prevalência na população brasileira. A reflexão, porém, é que iniciativas de tratamento e prevenção não deviam se restringir apenas a um período específico do ano e, além de tudo, deviam ser mais acessíveis para a população de baixa renda.

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países. A incidência e a mortalidade da doença vêm aumentando no mundo, em parte pelo envelhecimento, crescimento populacional e devido à mudança na distribuição e na prevalência dos fatores de risco de câncer, especialmente aos associados ao desenvolvimento socioeconômico. Verifica-se uma transição dos principais tipos de câncer observados nos países em desenvolvimento com um declínio dos que são associados a infecções. Em contrapartida, existe um aumento da melhoria da doença associados à condição socioeconômica e à incorporação de hábitos e atitudes associados à urbanização.

No Brasil, a estimativa para cada ano triênio 2020-2022 é de 625 mil novos casos de câncer. O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido por mama e próstata (66 mil cada). Em homens, o segundo mais frequente será o de próstata, com 29,2% de incidências. Já em mulheres, os cânceres de mama serão responsáveis por 29,7%.

Durante estas campanhas, muito se tem discutido e divulgado a fim de buscar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento precocemente, o que é, sem dúvida, uma estratégia crítica para aumentar a sobrevida dos pacientes acometidos pela doença.

Mas, além das campanhas, é preciso ampliar o acesso aos métodos adequados de diagnóstico e, principalmente, de tratamento, como quimioterapia e hormonioterapia – afinal, esses são pilares fundamentais na busca de uma boa qualidade de vida, bem como no aumento da sobrevida desses pacientes.

Como aconteceu durante a pandemia, insumos farmacêuticos ativos podem se tornar escassos ou ausentes, e o desenvolvimento destes insumos, além de importantes no tratamento do câncer, são críticos para estabelecer um papel estratégico da indústria farmoquímica nacional na produção destes insumos. É neste cenário que a Nortec Química tem investido muito num centro de desenvolvimento para drogas oncológicas, inclusive com drogas para o câncer de mama e próstata, além de outros tipos de cânceres, que poderão ser tratados com matéria prima nacional, o que é um motivo de muito orgulho para a indústria brasileira. Acesso à saúde sempre, esse é nosso mote.

Por: Dr. Roberto Amazonas, Nefrologista e Professor da PUC Campinas; Doutor em Clínica Médica; Executivo Sênior da Industria farmacêutica e Consultor da Nortec Química

 

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