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Arquidiocese de São Paulo emite nota sobre CPI contra padre Julio Lacellotti

A Arquidiocese de São Paulo informou, por nota divulgada nesta quinta-feira (4), que “acompanha com perplexidade” a tentativa de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Padre Júlio Lancellotti.

“Perguntamo-nos por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”

O padre tem 40 anos atendendo as carências das populações de rua de São Paulo.   No pedido da  CPI não cita o nome do padre, porém o autor do requerimento de abertura da CPI, fez diversas manifestações em redes sociais, criticando o padre e afirmando que ele seria obrigado a depor na CPI.  Tudo indica que a CPI possui caráter ideológico e político e o autor não está preocupado com a população de rua. Nesta quinta- feira (04/01), cinco vereadores que haviam assinado o pedido da CPI, voltaram atrás e retiraram a assinatura.

No requerimento de abertura de CPI, o vereador que fez o pedido, Rubinho Nunes (União), afirma que a intenção é investigar ONGs que “fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento dos dependentes químicos que frequentam a região da Cracolândia”.

Nunes justifica ainda a necessidade de investigação das organizações da sociedade civil alegando que “algumas delas” “recebem financiamento público para realizar as suas atividades”.

O texto recebeu assinaturas de mais de um terço dos 55 vereadores do Legislativo paulistano. Porém, a CPI precisa ainda ser aprovada em plenário pela maioria da Câmara Municipal para ser efetivamente instalada.

O padre Júlio Lancellotti se posicionou, por meio de nota, que as CPIs são legítimas, mas informou que não pertence “a nenhuma organização da sociedade civil ou organização não governamental que utilize convênio com o Poder Público Municipal”.

“A atividade da Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo que, por sua vez, não se encontra vinculada, de nenhuma forma, às atividades que constituem o requerimento aprovado para criação da CPI em questão.”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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