A seca no Nordeste pode aumentar o custo da energia no mercado a partir de novembro, por conta da mudança no calculo do custo de energia. Com isso, vem à tona a preocupação com o gasto de eletricidade nesta estação para amenizar o calor.
É importante planejar quais serão os eletrodomésticos responsáveis para a função, seja na casa ou no trabalho, levando em conta o clima da região, espaço interno, limite financeiro e bem-estar das pessoas próximas. Afinal, em alguns casos o ventilador pode ser suficiente; em outros, o ar condicionado pode ser indispensável.
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No caso dos condicionadores de ar, a principal vantagem, sem dúvidas, é o conforto térmico proporcionado, especialmente em dias muito abafados. No entanto, esses aparelhos geralmente são os líderes em consumo de energia. Ligado durante oito horas por dia, por exemplo, um eletrodoméstico do tipo pode consumir mais de 190 kWh ao mês – mais que o dobro do consumo do chuveiro elétrico e mais que o triplo da geladeira.
Além disso, o ar condicionado exige cuidados para se evitar problemas de saúde. Uma das principais funções dessa alternativa é resfriar e retirar a umidade do ambiente, exatamente o inverso das principais funções fisiológicas do nariz: filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado, para que o fluído gasoso chegue ao pulmão de forma agradável. Dessa forma, quem fica exposto a essa ação durante muitas horas pode sofrer com o ressecamento das vias respiratórias e, consequentemente, sentir dificuldade e desconforto para respirar, além de outros sintomas como tosse, garganta seca e sensível, irritação no nariz e olhos.
Uma das maneiras de minimizar os problemas causados é utilizar recursos que ajudem a umidificar as vias respiratórias, como soro fisiológico ou gel nasal. Outra dica é não posicionar o vento diretamente para as pessoas do ambiente e manter a temperatura agradável: entre 20° C e 22° C. Por conseguinte, se o aparelho não for higienizado corretamente, pode provocar e agravar doenças como resfriados, pneumonias, conjuntivites, rinites, asma e alergias respiratórias. A manutenção, portanto, deve ser feita de acordo com as orientações do fabricante, incluindo a limpeza do filtro e dos dutos internos do exemplar.
No quesito financeiro, o ventilador é uma alternativa quase sempre lembrada e bastante viável. Comparando os dois eletrodomésticos, o ventilador portátil pode consumir até 12 vezes menos energia que um modelo de ar condicionado. Por outro lado, além da limitação referente a resfriamento, o ventilador é um verdadeiro perigo para pessoas alérgicas.
O principal objetivo desse tipo de aparelho é colocar o ar em movimento, criando uma corrente que refresca o ambiente. Sendo assim, se o local é empoeirado, sem a incidência correta de sol e com a presença de mofo nas paredes, todas as partículas alergênicas da sujeira, fungos e bactérias circularão com a corrente do ar em movimento. Por conta disso, é imprescindível manter o ambiente sempre limpo. O aparelho também precisa ser higienizado, com destaque às hélices – onde a poeira se deposita.
No caso dos ventiladores de teto, é preciso atenção para evitar que a corrente de ar incida diretamente nas pessoas dentro do campo de alcance da corrente de ar, principalmente as crianças, que podem ser as mais afetadas com o aumento do ressecamento das mucosas. Essa vertente do conjunto de hélices deve ser utilizada no modo exaustor, no qual o ar é direcionado para cima; ventiladores móveis têm de estar posicionados de frente para a parede: assim, o ar bate e volta.
Para quem tem problemas respiratórios, o climatizador é a opção mais adequada: promove a circulação do ar em todo o ambiente e também conseguem manter o ar úmido, através da evaporação de água. Dentre as vantagens, está o fato de ser mais econômico do que o ar condicionado, mais barato e mais leve, o que facilita o transporte para diversos lugares. Geralmente, a única contraindicação aos umidificadores é a possibilidade de deixar o ar úmido demais, cenário ideal para a proliferação de fungos e bactérias – em geral, quando o aparelho fica ligado durante muito tempo.
A melhor escolha, portanto, vai depender do que o orçamento permite, da estrutura dos ambientes a serem instalados, da possível logística e do tipo que menos prejudica a saúde dos envolvidos. Para quem tem problemas relacionados à respiração, é fundamental a opinião de um médico para definir a melhor alternativa.
Redação Saúde no Ar
Maicom Menezes
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