Foi aprovada nesta sexta-feira (24), a primeira vacina contra malária – intitulada Mosquirix – pela Agência Europeia de Medicamentos – EMA, na sigla em inglês. O medicamento será utilizado exclusivamente em bebês com idades entre seis semanas e 17 meses.
Em comunicado, a EMA, com sede em Londres, explicou que sua comissão para produtos medicinais de consumo humano adotou uma “posição científica positiva” sobre a vacina, produzida pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline junto com a Path Malária Vaccine Initiative, para seu uso “fora da União Europeia”.
Também chamada de RTS, a vacina Mosquirix, deve ser usada em áreas onde há alto índice de infestação da malária para imunização de bebês com idades entre seis semanas e 17 meses, os mais beneficiados nos estudos clínicos, segundo a agência.
Após décadas de pesquisa, essa é a primeira vez que uma vacina contra malária é aprovada, apesar de a eficácia ser limitada.
Foi comprovado que o novo medicamento oferece uma “proteção modesta” contra a malária causada por Plasmodium falciparum – a mais frequente – no primeiro ano após sua administração, segundo os estudos clínicos realizados em sete países africanos.
A substância demonstrou ser efetiva na prevenção da malária em 56% dos bebês entre cinco e 17 meses. Já entre crianças com idades entre seis e 12 semanas, a eficácia cai para 31%, explicou a EMA.
Após os resultados, a agência europeia concluiu que, apesar das limitações, as vantagens da Mosquirix “superam os riscos em ambos os grupos de idade estudados”. O órgão, cujo relatório deve ser ratificado pela Comissão Europeia (CE), recomenda a administração da vacina em crianças que vivem em regiões “de alta transmissão e com grande mortalidade”.
Fonte: EFE
L.O.