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Após área yanomami, governo prevê operações em mais seis territórios

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em entrevista, o governo federal planeja operações de desintrusão em mais seis terras indígenas ao longo deste ano, após o fim da retirada de garimpeiros da área yanomami, em Roraima. Desintrusão é o nome dado à retirada de ocupantes não originários em áreas legalmente demarcadas como terra indígena.

“Encerrada a Operação Yanomami, vamos dar continuidade às operações de desintrusão. Temos mais seis desintrusões para realizar ao longo deste ano”, anunciou o ministro. As áreas indígenas com presença de invasores, e que são prioridade para o governo, também estão localizadas em estados da Amazônia Legal:  Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia. Bem como, Kayapó, Mundurucu e Trincheira Bacajá, no Pará; e Arariboia no Maranhão.

Segundo Dino, a operação na Terra Indígena Yanomami deve durar até abril e admitiu que ainda há presença residual de garimpeiros. “É uma presença muito pequena, tendente a zero. De acordo com o líder da pasta, as forças de segurança que atuam no território já destruíram 70 balsas e 140 aeronaves, embarcações e motores. Na área criminal, houve o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão e bloqueados R$ 68 milhões. Além de abertos 49 procedimentos administrativos e feitas 20 prisões em flagrante e duas preventivas.

“Nossa visão é que, no mês de abril, essa desintrusão seja concluída. No dia 6 de abril, haverá retomada do controle do espaço aéreo”, disse o ministro da Justiça. Ainda assim, a Força Nacional de Segurança permanecerá na área yanomami ao longo dos próximos meses, mesmo após a retirada dos invasores.

Além disso, o ministro confirmou, para os próximos dias, a entrega de uma base fluvial da Polícia Federal na região do Vale do Javari, no Amazonas, onde há a maior concentração de indígenas isolados do país. Com capacidade para 200 pessoas, o equipamento recuperado estará disponível para patrulhamento dos rios da região, onde em junho do ano passado, assassinaram o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira.

 

 

 

 

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