De acordo com estimativa da Agência Internacional de Energia (AIE), os aportes em energia solar devem superar pela primeira vez, em 2023, os valores gastos com a extração de petróleo.
Relatório global, aponta investimento de cerca de US$ 2,8 trilhões em energia em todo mundo neste ano, dos quais US$ 1,7 trilhão destinados às tecnologias limpas. O restante, aproximadamente US$ 1 trilhão, vai para carvão, gás e petróleo.
As energias neutras em carbono incluem as renováveis (eólica, solar e afins), assim como a nuclear, bombas de calor e baterias de carros elétricos. Os investimentos no conjunto destas atividades devem registrar um aumento de 24% no período 2021-2023.
China
A geração de energia solar logo se tornará a forma mais econômica de eletricidade na China, superando a energia hidrelétrica para se tornar a maior fonte de energia não fóssil até o final deste ano. Os governos provinciais da China introduziram várias políticas e subsídios para incentivar a instalação de painéis solares em edifícios residenciais e fábricas, para apoiar a meta da China de ter 33% de sua geração de eletricidade proveniente de fontes renováveis até 2025, conforme mencionado no último plano quinquenal do país para o período de 2021 a 2025.
Brasil
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil entrou no ranking dos países que mais geram energia solar fotovoltaica no mundo em 2022, ocupando o oitavo lugar, com 27 GW de potência instalada acumulada – e a tendência é de ainda mais crescimento. Segundo a Absolar, desde 2012, mais de 34,5 milhões de toneladas de CO2 foram evitados com uso da fonte de energia solar.
Bahia
Na última década, segundo a Absolar, o setor solar investiu na Bahia mais de R$ 9,5 bilhões, gerou mais de 60 mil empregos acumulados e contribuiu com mais de R$ 3,3 bilhões em tributos. Atualmente, a fonte solar fotovoltaica possui uma potência total instalada de 2,0 GW no estado.
Além disso, somente na geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o estado da Bahia já superou a marca de 648 MW instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com isso, o segmento já proporcionou ao estado a atração de mais de R$ 3,4 bilhões em investimentos, a geração de mais de 19,4 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1,2 bilhão em tributos aos cofres públicos.