Devido ao baixo estoque dos insumos causado pelo desabastecimento temporário do Ministério da Saúde, órgão responsável pelo repasse de vacinas para todo o país, a Prefeitura de Salvador montou um plano de contingência nas unidades de saúde da rede municipal, visando promover a dispensação racional de BCG e Antirrábica humana, além de garantir a proteção da população que necessita dos serviços
“O Governo Federal nos sinalizou a dificuldade de aquisição dos imunobiológicos junto aos laboratórios que produzem as vacinas que têm causado um processo de desabastecimento nacional dessas doses. Por esse motivo, elaboramos uma estratégia para que essa baixa do estoque não gere desassistência à população”, disse Isabel Guimarães, coordenadora das Ações de Vigilância à Saúde de Salvador.
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De acordo com o novo fluxo, a vacinação da BCG para os recém-nascidos será administrada em todas as 120 salas de imunização das unidades de saúde do município somente nas segundas e quartas-feiras (exceto feriado), das 8h às 17h.
“Cada ampola da BCG contém a quantidade necessária para proteger dez crianças e, após a abertura da embalagem, o profissional de saúde tem até seis horas para fazer uso total do material contido no recipiente. Caso contrário, o produto tem que ser descartado, pois perde a sua eficácia. Por esse motivo, iremos concentrar a aplicação dessa vacina nas unidades de saúde em dois dias específicos para reduzir ao máximo a quantidade de doses desperdiçadas”, disse Isabel, explicando ainda que a vacinação pode ocorrer diariamente nas maternidades da capital logo após o nascimento do bebê.
Já a aplicação da vacina antirrábica nas pessoas vítimas de algum tipo de agressão com animais ficará restrita às unidades de pronto atendimento 24 horas e em outros 12 postos de referência espalhados pela cidade. “Devido às especificidades do esquema de pós-exposição da antirrábica humana, concentramos a administração das doses nas emergências, além de destacar uma unidade centralizada em cada distrito sanitário da cidade para facilitar o acesso da população”, finalizou.
Redação Saúde no Ar
João Neto