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Anvisa restringe uso de animais como cobaias

Os animais usados em experimentos científicos terão alguns usos restingidos como cobaias, conforme decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que nesta quinta-feira (30.07), aprovou uma resolução que reconhece como válidos 17 procedimentos alternativos que haviam sido liberados pelo Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea), colegiado ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Métodos que até agora se valiam de animais para testar o efeito e a segurança de determinados produtos pelo uso, por exemplo, de tecidos cultivados em laboratório, serão substituídos por outras técnicas, e conforme o diretor da Anvisa, Ivo Bucaresky, somente serão registrados no País produtos que tenham obedecido as regras do Concea.

Porém, a regra não é de aplicação imediata e só começará a valer a partir de setembro de 2019, como havia sido estipulado pelo Concea. Entre as técnicas aprovadas pelo Consea e validadas pela Anvisa está a que dispensa, por exemplo, o uso de animais para avaliar uso de animais para avaliar a capacidade de corrosão e irritação de produtos na pele. Antes da resolução do Consea, o teste era feito na pele de animais – agora, é realizado com outros tecidos cultivados em laboratório.

Alternativas

Métodos alternativos também dispensam o uso de coelhos em testes para aferir a segurança de colírios. A medida ainda não é suficiente para acabar de vez com o uso de animais em testes.

Segundo o coordenador do Concea, José Mauro Granjeiro, embora os testes alternativos sejam promissores, há áreas em que o uso de animais não pode ser substituído. Como exemplo, ele cita pesquisa relacionadas à resposta sistêmica do organismo, como processos alérgicos. Também não é possível dispensar o uso de cobaias em testes para avaliar o potencial carcinogênico de produtos. “A dispensa do uso de cobaias pode ser feita somente quando não há risco para seres humanos”.

A resolução da Anvisa não está limitada aos 17 procedimentos já aprovados. A regra permite que métodos alternativos aprovados no futuro pelo conselho sejam automaticamente validados – e, consequentemente, exigidos – pela Anvisa.

A partir de 2019, serão permitidos testes apenas que se encaixarem nas regras. “E a observância dessas normas será analisada no momento do registro”, disse Bucaresky. A resolução da Anvisa não está limitada aos 17 procedimentos já aprovados. A regra permite que métodos alternativos aprovados no futuro pelo conselho sejam automaticamente validados – e, consequentemente, exigidos – pela Anvisa.

Fonte:Anvisa
A.V.

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