A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, por unanimidade, a utilização de testes rápidos para diagnóstico de Covid-19 em farmácias. A medida foi aprovada pela diretoria colegiada do órgão temporariamente e em caráter excepcional.
Esta autorização seria em caráter temporário e excepcional devido à pandemia do novo coronavírus. O kit vendido nos estabelecimento será do método imunocromatográfico, mais indicado para exames a partir do sétimo dia do início dos sintomas.
O exame é feito com amostras de sangue, soro ou plasma. Neste caso, ocorre uma geração de cor a partir de uma reação química entre antígeno (substância estranha ao organismo) e anticorpo (elemento de defesa do organismo).
A venda para estabelecimentos de saúde de testes diagnósticos para Covid-19 passou a ser permitida em farmácias, desde que o produto seja regularizado na Anvisa. Segundo o órgão, há pelo menos 43 kits de testagem regularizados na agência. É possível checar se esses produtos estão autorizados no site da agência.
Segundo o diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres, que foi o relator da questão, a autorização de realização desses testes em farmácias é importante para aumentar o acesso da população ao diagnóstico da Covid-19 e ampliar as frentes de detecção do vírus.
Durante o voto, o relator destacou que esses testes não têm caráter conclusivo. Ou seja, devem ser utilizados como uma medida auxiliar. Barra afirmou que esses testes possuem “limite de detecção” e que os resultados devem ser interpretados por profissionais de saúde e não usados como evidência absoluta.
O produto não é recomendado para o diagnóstico da doença, mas serve como ferramenta de auxílio e para verificar se pessoas já tiveram contato com a enfermidade.
O teste rápido detecta anticorpos da covid-19 em poucos minutos. Por isso deve ser aplicado após o sétimo dia de sintomas, quando o corpo já reagiu ao vírus. Antes deste período, a chance de “falso negativo” é alta