A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), discute nesta sexta-feira (1º), colocar em consulta pública a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil.
Popularmente conhecidos como vape, são proibidos no Brasil desde 2009. A resolução da entidade proíbe a fabricação, a comercialização, a importação e a propaganda desses dispositivos.
Em 2022, a diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar.. Bem como, a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular desse tipo de produto, como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas.
De acordo com a agência, os dispositivos eletrônicos para fumar também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, os dispositivos podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.
Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Contudo, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência. Ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.
Dessa forma, devido ao uso dos dispositivos, entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.
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