A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade a prorrogação, em caráter “temporário e excepcional”, da importação de radiofármacos.
De acordo coma agência, a prorrogação acontece com o objetivo de minimizar a escassez e suprimir a demanda desses compostos no país. Segundo o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. “O mercado em nosso país ainda é restrito e há constatação de falta desses [rádio]fármacos. Assim sendo, as autoridades envolvidas pediram à agência apoio para a mitigação do impacto dessa situação”, disse o presidente da Anvisa ao lembrar que essa medida vem sendo reiteradamente prorrogada, “enquanto a indústria nacional não se vê preparada para dar conta da demanda”.
Além disso, Torres destacou que cabe ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) informar a Anvisa sobre a eventual normalização do mercado, o que, até o momento, não ocorreu.
Os radiofármacos são compostos radioativos que possuem, em sua composição um radionuclídeo (isótopo radioativo) responsável pela emissão de radiação ligado quimicamente a uma molécula não-radioativa que apresenta afinidade biológica por um determinado órgão ou sistema, com finalidade de diagnóstico ou terapêutica.
Ao final da votação dos diretores, a ouvidora da Anvisa, Lorena Dourados. Pediu a palavra para pedir que os votos sejam publicados de forma clara e com linguagem acessível, uma vez que a ouvidoria tem percebido que o tema em questão “nem sempre é bem entendido pela população”.