A Anvisa determinou nesta quinta-feira (04) que a venda de anticoncepcional deve ser prescrita por médico. O órgão inofrmou que vem monitorando continuamente os benefícios e os riscos do uso de anticoncepcionais, particularmente em relação ao risco de trombose venosa profunda. As pesquisas constataram que há risco de formação de coágulos dependendo do tipo de hormônio progesterona presente no medicamento.
Mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados.
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Mesmo assim, até o momento, os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno.
Antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau devem ser conduzidos.
Esses exames clínicos precisam ser repetidos pelo menos uma vez ao ano durante o uso de medicamentos contraceptivos.
A Anvisa não possui legislação ou arcabouço legal que possa obrigar os médicos a notificarem eventos adversos relacionados a medicamentos. O mesmo ocorre com os cidadãos. No entanto, a notificação por hospitais e serviços de saúde é obrigatória.
De qualquer forma, caso o cidadão ou o profissional de saúde observe alguma reação adversa no organismo que possa ter sido provocada por anticoncepcionais, é importante fazer essa notificação à Anvisa.
Redação Saúde no Ar*
João Neto