Notícias

Ampliação do teste de pezinho na rede pública será debatida na quarta-feira

A Subcomissão Temporária sobre Doenças Raras promove audiência pública nesta quarta-feira (2), às 10h30, sobre a ampliação da triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho. Na reunião também será debatida a proposta de tornar compulsória a notificação do diagnóstico de doenças raras, como forma de superar a falta de informações para a produção de políticas públicas ao segmento.

A triagem neonatal é a realização de exames que permitem o diagnóstico, em recém-nascidos, de doenças cujo tratamento precoce é fundamental para prevenir a morte ou o aparecimento de sequelas graves que comprometem irreversivelmente o crescimento e o desenvolvimento da criança.

“O rastreamento é muito importante, pois mesmo que o bebê tenha aparência saudável, existe a possibilidade de ele desenvolver diversas doenças que não podem ser detectadas apenas por meio do exame físico”, destaca a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que requereu a audiência pública.

A senadora ressalta ainda que os exames de triagem não têm a finalidade de confirmar a existência de doença, mas, se seus resultados forem positivos, indicam necessidade imediata da realização de outros exames complementares para definir o diagnóstico.

Prevenção

Quando as doenças são detectadas e tratadas nos primeiros meses de vida, é possível evitar que as crianças desenvolvam sequelas neurológicas e deficiências intelectuais, físicas e sensoriais. No entanto,a versão do teste do pezinho atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) detecta apenas seis doenças: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; doenças falciformes e outras hemoglobinopatias; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita; e deficiência de biotinidase. Já a versão ampliada da triagem, oferecida na rede privada, pode identificar cerca de 50 doenças.

“Essa política é extremamente importante para a saúde pública de nosso país e merece que sua ampliação seja largamente debatida”, completa a senadora em seu requerimento.

Para o debate, foram convidados a vice-presidente do Instituto Vidas Raras, Regina Próspero; a presidente da União dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, Helena Pimentel; o coordenador-geral substituto de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Fabiano Romanholo Ferreira; a superintendente-geral da Associação de Pais Amigos dos Excepcionais de São Paulo, Daniela Machado Mendes; e representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e do Sistema de Informação de Câncer do Instituto Nacional do Câncer.

Fonte: Agência Senado

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe
Jorge Roriz

Recent Posts

Vagas de emprego no Simm nesta quarta-feira (16/07)

O Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (Simm) oferece 54 vagas de emprego…

2 horas ago

Ludopatia – O vício nos jogos de azar

O vício em jogos de azar é uma doença classificada pela Organização Mundial da Saúde…

2 horas ago

Prontuários de pacientes poderão ser acessados online pelos profissionais de Saúde

O aplicativo Meu SUS Digital, do Ministério da Saúde, vai permitir que profissionais da saúde…

2 horas ago

Saúde Integral masculina: alimentação, reprodução e sexualidade

Nesta terça-feira, 16.07, no Programa Em Sintonia, da Rádio Cardeal FM106.1, Patrícia Tosta entrevistou *Dr.…

15 horas ago

Concurso TSE – Provas serão realizadas 08/12 – Inscrição até 18/07

As inscrições para o concurso unificado da Justiça Eleitoral terminam na próxima quinta-feira (18), às…

22 horas ago

2023 bate recorde de bebês com doenças respiratórias

Número chegou a 153 mil no ano, com média de 419 por dia De acordo…

23 horas ago