A Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que cerca de 350 milhões de pessoas no planeta sofrem de depressão. Contudo, ter uma boa rede social pode ser uma forma de combater a doença, garante o cientista britânico Thomas House, um dos autores do estudo sobre o tema publicado na revista Proceedings of the Royal Society B, nesta quarta-feira (19.09).
Os pesquisadores empregaram um modelo matemático para verificar se o estado de ânimo de cerca de dois mil adolescentes americanos poderia ser contagioso e concluíram que adolescentes não correm o risco de desenvolver depressão ao se relacionar com amigos deprimidos, e podem ajudá-los a se sentir melhor.
A presença de amigos equilibrados pode reduzir a probabilidade de se desenvolver depressão e duplicar as chances de cura do deprimido no prazo de seis a doze meses, garante o estudo que não encontrou sinais de contágio da doença de um amigo para outro.
Os cientistas afirmam ainda que conseguiram demonstrar que o efeito benéfico não está relacionado com a propensão natural da pessoa de fazer amizade com alguém parecido. “Na sociedade, quando alentamos a amizade entre os adolescentes aumentamos as possibilidades de ter mais amigos equilibrados e um efeito protetor”, destaca House. “Isto permite reduzir a preponderância da depressão”, por meio de um método “barato e de baixo risco”.
House ainda alerta os pais que têm mania de culpar os amigos por tudo de desagradável que acontece com os filhos: “Se os adolescentes deprimidos bebem muito, como seus amigos, devemos culpar a bebida e não os amigos”, enfatiza.
Fonte: NE10
A.V.