Segundo o estudo ‘Os Primeiros Anos: O Bem-Estar Infantil e o Papel das Políticas Públicas’, os países da América Latina investem pouco nos primeiros anos de vida das crianças. O estudo será lançado nesta quinta-feira (10), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Nesses países, as crianças com até 5 anos de idade recebem três vezes menos do que as crianças de 6 a 11 anos. O Brasil está em segundo lugar em termos de investimento, perdendo apenas para o Chile.
De acordo com os dados usados no estudo, que são de 2012, o país investe US$ 641 em crianças até os 5 anos, o que equivale a um total de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e US$ 2.179 nas crianças de 6 a 12 anos, ou seja, 2,3% do PIB.
No Brasil, entre 2004 e 2012, os gastos com a primeira infância, que incluem saúde, educação e proteção social, subiram 7%. Investimentos nos anos iniciais incluem também programas sociais, programas de orientação para os pais, transferências condicionadas de renda e benefícios em espécie.
O BID afirma que o investimento feito para crianças com esta faixa etária na América Latina deveria ser maior. Em longo prazo, o retorno financeiro seria ampliado, pois traria mais desenvolvimento para os respectivos países.
Os programas para o desenvolvimento da primeira infância são considerados como a base sobre a qual se podem fazer outros investimentos sociais bem-sucedidos, aumentando a mobilidade social.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N.)