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carnes vermelhas em xeque

“Mudando o clima, mudando a dieta”, é o título de um estudo em que pesquisadores do Instituto Real de Assuntos Internacionais (Grã-Bretanha) afirmam que a adoção de uma dieta “sustentável” – com níveis moderados de consumo de carne vermelha – poderia contribuir com um quarto da meta global de cortes na emissão de gases causadores do efeito estufa até 2050.

A equipe calcula que o consumo global de carne tende a aumentar 76% até meados do século e que em países industrializados já se come, em média, duas vezes mais carne do que os especialistas recomendam.

Antony Froggatt, que assina o estudo junto com as pesquisadoras Laura Wellesley e Catherine Happer. Em matéria publicada pelo Diário da Saúde, Froggatt frisa que eles não estão defendendo que todos devam se tornar vegetarianos, e sim tentando mostrar que “são necessárias políticas que ajudem a informar melhor a população sobre o problema e favoreçam níveis de consumo de carne mais saudáveis e sustentáveis, reduzindo o excesso onde ele existe.”

“O resto da população global não pode convergir para os níveis de consumo de carne dos países desenvolvidos sem que haja um custo social e ambiental imenso” diz. “São padrões incompatíveis com o objetivo de evitar o aquecimento global.”

O relatório desenvolvido pelos ambientalistas menciona dados da FAO, braço da ONU para a agricultura e alimentação, segundo os quais a criação de animais para o abate ou a produção de leite e ovos responde por 15% das emissões globais de gases do efeito estufa – o equivalente às emissões de todos os carros, caminhões, barcos, trens e aviões que circulam mundo afora.

Acontece é que a digestão de gado bovino libera uma grande quantidade de gás metano, um dos grandes vilões do efeito estufa. Também haveria um efeito negativo derivado do desmatamento para formação de pastagens e de gases emitidos com a aplicação de adubos e fertilizantes sintéticos.

Entre as medidas propostas estão políticas para expandir a oferta de alimentos que sejam uma alternativa à carne, mudanças nos cardápios nas escolas e outras instituições públicas, o estabelecimento de diretrizes internacionais sobre o que seria uma dieta “sustentável e saudável” e o fim dos subsídios aos produtores de carne onde eles existem.

 

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A.V

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Jorge Roriz

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