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Amamentação não impede alergias

A amamentação é extremamente essencial para os bebês e também muito recomenda pelos especialistas no primeiro ano de vida continua. Mas, quem pensa que o processo do aleitamento materno pode impedir as alergias alimentares como asma e rinites alérgicas em crianças, pode estar enganado. A relação benéfica entre amamentação e alergias, não existe, aponta um novo estudo apresentado na reunião anual científica do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia – ACAAI, na sigla em inglês

A pesquisa contou com 194 pacientes que foram examinados, na faixa etária entre 4 e 18 anos. Desse total, 134 crianças no grupo tinham sido amamentados e 60 alimentados com fórmula. De acordo com os pesquisadores, todos os participantes foram diagnosticados com alergia através de teste cutâneo, no entanto, não houve diferença significativa entre alergias encontradas em crianças amamentadas pela mãe e nas alimentadas com fórmula láctea.

A alergista Christina Ciaccio, autora do estudo e membro da ACAAI salienta que o aleitamento materno é bom para os bebês, e novas mães devem continuar a amamentar. Ela enfatiza que os estudos precisam ser feitos para determinar como estes resultados se podem aplicar à população em geral.

Já a pediatra e alergista Renata Rodrigues Cocco afirma que teses como a defendida pelo estudo merecem cautela. Ela ressalta que em muitos casos, os benefícios da amamentação se dão de maneira indireta.

De acordo com Renata, também pesquisadora associada à disciplina de alergia e imunologia da Universidade Federal de São Paulo, o leite materno pode até não prevenir, entretanto, talvez, a ausência dele exacerbe o problema. Ela destaca que o leite materno comprovadamente reduz as infecções virais, porém as crianças infectadas podem acabar desenvolvendo asma.

A especialista explica que o mesmo acontece em relação às alergias alimentares. “As crianças que recebem aleitamento têm menor predisposição à síndrome metabólica e esse tipo de inflamação está associado com alergias alimentares”

*Redação Saúde no Ar Salvador (L.O)

 

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