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Alzheimer – Teste promete detectar sinais da doença em poucos minutos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença de Alzheimer já atinge 55 milhões de pessoas no planeta mundo e deve chegar a 139 milhões em 2050.

Pesquisadores em Cambridge com apoio da  empresa Cognetivity Neurosciences desenvolveram um teste digital com duração de cinco minutos baseado em inteligência artificial que detecta sinais do declínio cognitivo a partir de imagens de animais mostradas em um tablet.

o teste não faz um diagnóstico — ele tem a função de rastreamento, ou seja, dá indícios de um possível problema, que deve ser então investigado por um especialista.

“O ICA certamente pode ser usado para rastrear o comprometimento em pessoas que têm alguma preocupação sobre sua cognição. Precisamos incentivar o monitoramento de pessoas com fatores de risco (como casos na família), e o teste pode ser uma ferramenta valiosa para esse fim”, disse Habibi, engenheiro e doutor em nanotecnologia pela Universidade de Cambrige.

“Ele ( o teste) não é diagnóstico, de jeito nenhum”, diz Senger, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Feevale, em entrevista à BBC News Brasil.

“Não existe nenhum teste ou exame no mundo diagnostique Alzheimer. Temos exames que ajudam”, afirma, citando o exame de liquor, os exames de imagem como PET do amiloide cerebral e da proteína TAU e as ressonâncias magnéticas capazes de mostrar o volume do hipocampo, área do cérebro ligada à memória.

“A doença de Alzheimer começa cerca de 15 anos antes da manifestação clínica, esse é o grande problema. Não tem exame que diagnostique essa fase. E, quando começa a fase clínica, o paciente já perdeu muitos neurônios — você não consegue mais recuperá-los.”

Qualquer método que ajude o diagnóstico é importante, segundo o médico João Senge, Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio Grande do Sul (SBGG-RS), o ICA pode gerar alguma resistência no meio acadêmico por ser comercializado por uma empresa — embora tenha origem em uma universidade, a de Cambridge, e sua equipe tenha publicado artigos científicos.

JR

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