Novo estudo desenvolvido pelo Instituto Butantan e a Universidade São Francisco (USF) conseguiu, em testes feitos com animais, inibir a principal enzima causadora da doença de Alzheimer.
A doença neurodegenerativo causa a perda da memória e de outras funções mentais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 40 milhões de pessoas sofrem com a doença em todo o mundo.
A pesquisa conduzido pelos pesquisadores Bianca Cestari Zychar, Luís Roberto Gonçalves e Juliana Mozer Sciani, se baseou em um peptídeo. Ou seja, uma estrutura de dois ou mais aminoácidos — modificado em laboratório a partir de uma proteína encontrada no peixe merluza.
Nos resultados obtidos até então, o composto se mostrou capaz de chegar ao cérebro de animais apenas duas horas após sua administração. A proteína original teve descoberta por pesquisadores da Ásia em 2019. Já o sequenciamento disponibilizado em um banco de dados usado pelos cientistas brasileiros.
Dessa forma, os testes feitos até o momento também apontam uma alta estabilidade e segurança do novo peptídeo. Nos modelos animais, observado que ele passou por órgãos como pulmão, pâncreas, baço e fígado, onde teve metabolização, mas não se acumulou em nenhum. Depois de seis horas, se concentrou no rim e foi eliminado por meio da urina, sem deixar sinais de inflamação ou de danos nas células.