Chega no mês de abril, uma nova vacina de alta proteção contra gripe. O Efluelda é um imunizante quadrivalente e protege contra quatro cepas do vírus (duas de influenza A e duas de influenza B). Além disso, apresenta quatro vezes mais antígenos, o que gera maior estímulo ao sistema imunológico.
A vacinação contra gripe reduz os riscos de agravamento pela doença que pode levar a sintomas como febre, dor no corpo e de garganta, tosse, coriza, calafrio, dor de cabeça e falta de apetite. Além disso, a gripe pode causar consequências graves, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. Com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência. Como resultado desse declínio progressivo do sistema imunológico, o organismo fica mais suscetível a algumas doenças e infecções e pode também ocorrer diminuição da resposta vacinal.
Assim, a nova vacina tem proteção 24% superior contra a infecção por gripe em idosos, quando comparada com a vacina de dose padrão. Fabiana Funk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), mostra-se contente com o novo imunizante, “ficamos extremamente felizes em poder oferecer mais uma opção de imunizante para nossos pacientes. A gripe é conhecidamente uma doença que causa muitos problemas quando vem de uma forma mais grave e só conseguimos evitar isso a partir da prevenção pela vacina”.
Vacinaa contra a gripe no SUS
Até o momento, a vacinação contra a gripe acontece de maneira antecipada na região Norte do Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a antecipação ocorre por uma especificidade da região, que enfrenta um período de chuvas intenso a partir de abril e, consequentemente, um aumento dos casos de influenza desse mês em diante. Além disso, a região também tem mais áreas de difícil acesso, o que requer uma logística de vacinação mais complexa, segundo a pasta.
A previsão é de que o restante do país comece a vacinar contra a influenza a partir de abril. A vacinação contra a influenza é realizada anualmente seguindo os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os imunizantes utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde. Os dois tipos de vacina, oferecidos pelo SUS e disponibilizados pela rede privada, são eficazes na prevenção do agravamento da doença.
Contudo, a composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para 2023, em conformidade com a orientação da OMS, o imunizante será composto pelas cepas: Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09; Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2); e Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).