O consumo excessivo de bebidas alcoólicas possui um grande impacto na saúde pública. O álcool pode prejudicar órgãos como fígado, coração e ainda causar problemas mentais, pois, atua diretamente no sistema nervoso. Além disso, a bebida contribui também para o aumento de casos de violência e acidentes de trânsito, o que acaba envolvendo outras pessoas.
O custo social associado à bebida é muitas vezes maior do que o risco a saúde. Problemas como desemprego, afastamento da família e comportamentos violentos, em grande parte, estão associados ao consumo exagerado da bebida.
Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, mostram que o consumo nocivo de bebidas alcoólicas está associado a uma carga de doenças em todo o mundo, com destaque especial aos países de média e baixa renda – fato que tem incentivado a implantação de estratégias para reduzi-lo.
O consumo de bebidas alcoólicas é tão aceito socialmente que muitas pessoas não imaginam que elas, são consideradas drogas potentes.
A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago.
O uso combinado de álcool e tabaco também aumenta o risco de câncer no corpo, entre as localidades mais afetadas, estão faringe e laringe supraglótica, além de agente causal de cirrose hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a 2 – 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama.
Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de bebida – cerveja, vinho, cachaça etc.- é indiferente, pois parece ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência.
Os efeitos do álcool variam de acordo com a rapidez e a frequência com que ele é ingerido, com a quantidade de alimentos consumidos durante a ingestão de bebidas alcoólicas, com o peso da pessoa e o estado de espírito deste individuo, dentre outros.
O álcool atinge rapidamente a circulação sanguínea e todas as partes do corpo, inclusive o sistema nervoso, o que provoca mesmo em doses pequenas a diminuição da coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição.
*Redação Saúde no Ar