Prevenção e tratamento
Olá! Hoje vamos falar um pouco mais sobre Alergia Alimentar: prevenção e tratamento. Sou Dra. Mariana Costa, nutricionista, especialista em pediatria. Atualmente, atendo na clínica Humaninhos e minha missão é auxiliar as famílias no cuidado com a alimentação de crianças e adolescentes, principalmente com restrições alimentares.
A alergia alimentar é um tipo de reação adversa que ocorre quando o organismo reage sobre um ou mais componentes protéicos do alimento, por meio de um mecanismo imunológico.
Assim, seu quadro clínico está associado ao consumo do alimento e o e nutricionista pode, através da anamnese e da avaliação do consumo alimentar detalhado do seu paciente, identificar qual está associado ao quadro apresentado por ele.
A base do tratamento da alergia alimentar é a exclusão do alimento causador (ou seja, do alimento alergênico). Por esse motivo, é de fundamental importância o estabelecimento de uma conduta nutricional apropriada que garanta tanto a resolução dos sinais e sintomas quanto a adequação de todos os nutrientes, uma vez que alguns foram excluídos, decorrente restrição alimentar imposta.
A exclusão de alimentos e, por consequência, de nutrientes, se não manejada sob supervisão do nutricionista, impactará negativamente sobre a saúde da criança, comprometendo seu crescimento e seu desenvolvimento.
Eis alguns dos questionamentos mais frequentes no consultório:
Os pais sendo alérgicos, como prevenir para que a criança não nasça ou tenha alergia alimentar? Não é indicado restringir alimentos durante a gestação ou a lactação para prevenção de alergia (seja leite de vaca ou ovos ou amendoim ou qualquer outro).
Devo dar outro leite para meu filho para prevenir a alergia alimentar? Não! O leite materno é o único alimento que pode prevenir a alergia alimentar. Segundo a Academia Americana de Pediatria não há evidências o suficiente que comprovem o uso das fórmulas parcialmente ou extensivamente hidrolisadas na prevenção em bebês e crianças, mesmo naqueles com alto risco de doença alérgica. E sim, a amamentação é possível na alergia alimentar! Mas o mesmo cuidado para com a mãe, com relação a adequação da sua alimentação pela exclusão do alimento alergênico, deve ocorrer.
Na ocasião da alimentação complementar, não devo oferecer algum alimento? Atualmente, sabe-se que a não oferta por tempo prolongado de alimentos com potencial alergênico pode ser fator de risco para desenvolver alergia alimentar. Isso porque a indução da tolerância oral poderia ser alcançada com a introdução em idade oportuna. Ou seja, a maior diversidade de alimentos na infância pode ter efeito protetor sobre a sensibilização alimentar, bem como prevenir a alergia alimentar clínica, mais tarde na infância. Atenção! Isso não significa que alimentos complementares devem ser oferecidos antes do sexto mês ou que não há restrições quanto a oferta de determinados alimentos por outros motivos. Procure um profissional nutricionista especialista em pediatria para adequada orientação!
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