"Se nós apenas fizermos o que o nosso corpo nos pede provavelmente faremos a coisa certa – beber apenas de acordo com a sede, em vez de seguir uma programação," escrevem Farrell e Saker.
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Eles estudaram a manifestação da sede e da saciedade de água e descobriram um mecanismo ativado no cérebro que inibe o ato de engolir quando bebemos água em excesso. Esse mecanismo ajuda a manter equilibrado o volume de água no corpo.
O problema é que, quando as pessoas acreditam que devem tomar uma quantidade maior de água do que a sua sede lhes indica, elas passam por cima desse mecanismo, desequilibrando a quantidade de líquido no organismo.
Os pesquisadores mediram o esforço necessário para engolir água quando os voluntários foram postos sob duas condições: depois de uma atividade física, quando estavam com sede, e mais tarde, quando lhes foi pedido para ingerir uma quantidade de água além da sua sede.
Os resultados mostraram que é necessário um esforço três vezes maior para ingerir a água depois que a sede foi saciada.
Segundo os pesquisadores, beber muita água aumenta o risco de "intoxicação por água", ou hiponatremia, quando os níveis vitais de sódio no sangue tornam-se anormalmente baixos, causando sintomas que vão da letargia e das náuseas até convulsões e coma.
O professor Farrell ressalva que, no caso das pessoas idosas, que frequentemente não bebem água o suficiente, pode haver vantagens em programar uma ingestão de líquidos em níveis adequados.
Redação Saúde no Ar
João Neto