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Adolescentes obesas usam menos anticoncepcionais

As jovens obesas sexualmente ativas se apropriam menos dos métodos anticoncepcionais do que as colegas de peso normal, aumentando o risco de gravidez indesejada, aponta um estudo realizado na Universidade de Michigan, publicado esta semana na anticoncepcionais.

A análise contou com 26.545 questionários realizados semanalmente com as voluntárias do estudo, que tinham 18 ou 19 anos. Os pesquisadores avaliaram a associação entre o peso e os comportamentos sexuais.

Segundo a autora principal da pesquisa, Tammy Chang, também professora assistente de Medicina Familiar em Michigan, a taxa de gravidez entre jovens dos EUA é uma das mais altas no mundo desenvolvido. A professora enfatiza que reduzir a gravidez na adolescência é uma prioridade de saúde pública nacional e necessário entender que os adolescentes estão em maior risco de gravidez. Tammy também afirma que a obesidade pode ser um fator importante associado com o comportamento sexual das mulheres adolescentes.

De acordo com o estudo, uma entre quatro americanas engravida pelo menos uma vez antes de completar 20 anos. Em pesquisas anteriores, Tammy já havia alertado que as mulheres que dão à luz ainda adolescentes têm um risco aumentado de obesidade mais tarde na vida.

Ainda segundo a pesquisa, o grau de risco é enorme na gestação de uma pessoa obesa, com possibilidade de desenvolver diabetes gestacional, distúrbios hipertensivos, coágulos sanguíneos e lesões relacionadas com o parto. Além dessas inconsiderações, os filhos de uma pessoa obesa, também são mais propensos a serem admitidos na unidade de terapia intensiva neonatal.

A pesquisadora salienta que entender o comportamento sexual a partir do peso das adolescentes é crucial por causa dos riscos que a obesidade provoca para mães e bebês.

O estudo revela que embora as diferenças no uso de métodos contraceptivos sejam significativas entre as meninas obesas em comparação com aquelas de peso normal, os pesquisadores não encontraram diferenças em outros comportamentos sexuais, incluindo o número de parceiros, a frequência do sexo ou a duração de relacionamentos.

Devido a baixa autoestima, a pesquisadora supõe  que as obesas se preparem menos para as relações sexuais – proporcionando menos frequência aos médicos e às farmácias, onde compram os anticoncepcionais. Os níveis mais baixos de uso de preservativos também podem ser ligados a barreiras socioeconômicas, um fator de risco para a obesidade.

Fonte: O Globo

L.O.

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