Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), da Divisão de Estatística das Nações Unidas (UNSD), do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde (OMS), conclui que o mundo não está no caminho certo para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para energia até 2030.
Este ano marca a metade do caminho para alcançar os ODS até 2030. O ODS. O objetivo é garantir acesso a energia moderna, sustentável, confiável e acessível. O objetivo é alcançar o acesso universal à eletricidade de forma limpa, duplicar os níveis históricos de melhorias de eficiência e aumentar substancialmente a participação de fontes renováveis no mix global de energia. A consecução desse objetivo terá um impacto profundo na saúde e no bem-estar das pessoas, ajudando a protegê-las de riscos ambientais e sociais, como a poluição do ar, e ampliando o acesso a cuidados e serviços primários de saúde.
A edição de 2023 do Tracking SDG 7: The Energy Progress Report adverte que os esforços atuais não são suficientes para alcançar o ODS no prazo.
Espera-se que a crise global de energia estimule a implantação de energias renováveis e melhore a eficiência energética com várias políticas governamentais apontando para o aumento do investimento. No entanto, as estimativas da IRENA mostram que os fluxos financeiros públicos internacionais em apoio à energia limpa em países de baixa e média renda vêm diminuindo desde antes da pandemia do COVID-19 e o financiamento é limitado a um pequeno número de países.
Além disso, o relatório também conclui que o aumento da dívida e o aumento dos preços da energia estão piorando as perspectivas de acesso universal a cozinha limpa e eletricidade. As projeções atuais estimam que 1,9 bilhão de pessoas ficarão sem energia limpa e 660 milhões sem acesso à eletricidade em 2030 se não tomarmos mais medidas e continuarmos com os esforços atuais.
De acordo com o relatório, em 2010, 84% da população mundial tinha acesso à eletricidade. Isso aumentou para 91% em 2021, o que significa que mais de um bilhão de pessoas obtiveram acesso nesse período. No entanto, o ritmo de crescimento do acesso desacelerou em 2019-2021 em comparação com os anos anteriores. Os esforços de eletrificação rural contribuíram para esse progresso, mas ainda existe uma grande lacuna nas áreas urbanas.
Assim,, o mundo continua fora do caminho para alcançar o acesso universal à cozinha limpa até 2030. Até 2,3 bilhões de pessoas ainda usam combustíveis e tecnologias poluentes para cozinhar, principalmente na África subsaariana e na Ásia. Segundo estimativas da OMS de 2019, 3,2 milhões de mortes prematuras a cada ano foram atribuídas à poluição do ar doméstico criada pelo uso de combustíveis e tecnologias poluentes para cozinhar.
O relatório será apresentado aos principais tomadores de decisão em um evento especial de lançamento em 11 de julho de 2023 no Fórum Político de Alto Nível (HLPF) sobre Desenvolvimento Sustentável, antes da segunda Cúpula dos ODS em setembro de 2023 em Nova York. Os autores instam a comunidade internacional e os formuladores de políticas a salvaguardar os ganhos obtidos para alcançar o ODS, promover reformas estruturais e manter um foco estratégico nos países vulneráveis que precisam de mais apoio.
Fonte: OMS
