A ida de Bolsonaro a Rússia chegou a ser questionada por ministros do próprio governo por ocorrer em um momento de tensão entre a Rússia e os países aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( OTAN. A Rússia é acusada por países-membros da Otan de planejar um ataque a Ucrânia; o país nega as intenções, mas exige dos Estados Unidos e aliados que limitem as atuações militares em conjunto com os ucranianos.
No encontro, Bolsonaro afirmou que o Brasil prega a paz e respeita “quem age desta maneira”. O presidente destacou potenciais relações bilaterais na área de energia, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico com a Rússia.
O presidente brasileiro afirmou ainda que houve uma retomada comercial aos níveis pré-pandêmicos, e disse que há “muito interesse no negócio de fertilizantes” devido ao agronegócio nacional. Também houve menções a “oportunidades” no setor de energia e defesa.
“Tenho certeza que até mesmo essa passagem por aqui dá um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito com nossas relações bilaterais”, disse o presidente brasileiro, que também agradeceu a Putin pelo indulto concedido a Robson Oliveira – motorista do jogador brasileiro Fernando Martins que foi detido na Rússia após transportar um medicamento ilegal no país, mas legal no Brasil.
Bolsonaro agradeceu Putin pela “defesa da soberania” brasileira em relação à Amazônia. (Nota da Redação ele nada tem a agradecer. Nossa soberania não precisa de apoio de nenhum país)
“Quando alguns países questionaram a Amazônia como patrimônio da humanidade, quero agradecer sua intervenção, que sempre esteve ao nosso lado em defesa da nossa soberania”, declarou, acrescentando que os dois países travariam diálogos sobre “biotecnologia e sustentabilidade”.
Aconselhado por assessores, Bolsonaro não fez comentários sobre a atual crise da Rússia com a Ucrânia e países-membros da Otan.
Jorge Roriz
