A verdadeira causa da guerra na Ucrânia e das guerras atuais no mundo

Este artigo tem por objetivo mostrar os verdadeiros responsáveis pela eclosão de guerras no mundo como a que envolve a Rússia e a Ucrânia no momento atual e das guerras que ocorreram desde o início do século XX até a era contemporânea. A verdadeira causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia não está sendo considerada por muitos analistas de política internacional. Por ignorância ou por estarem a serviço de quem fomenta esta guerra entre tantas que aconteceram a partir do século XX, estes analistas não revelam que a indústria bélica é a verdadeira causa das guerras no mundo. Foi a indústria bélica, sobretudo dos Estados Unidos, que, após o fim da União Soviética, incentivou a manutenção da OTAN, aliança militar criada para fazer frente à União Soviética e seus aliados após a 2ª Guerra Mundial. A decisão lógica e racional seria a dissolução da OTAN após o fim da União Soviética como ocorreu com o Pacto de Varsóvia, aliança militar dos países socialistas europeus.

A OTAN contava até a dissolução da União Soviética com 16 países: 1) Alemanha; 2) Bélgica; 3) Canadá; 4) Dinamarca; 5) Espanha; 6) Estados Unidos; 7) França; 8) Grécia; 9) Holanda; 10) Islândia; 11) Itália; 12) Luxemburgo; 13) Noruega; 14) Portugal; 15) Turquia; 16) Reino Unidos. Para atender os interesses da indústria bélica, a OTAN se expandiu, após o fim da União Soviética, atraindo mais 14 países que integraram o sistema socialista do leste europeu como Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Montenegro, Polônia, República Tcheca e Romênia. Com a adesão desses países iniciou-se o cerco da Rússia que se completaria com a incorporação da Ucrânia à OTAN. É preciso entender que, do ponto de vista da indústria bélica, a tentativa de incorporação da Ucrânia à OTAN levaria à reação da Rússia como está acontecendo e ao aumento de suas vendas de armamentos à Ucrânia e aos países da OTAN que adquiriram mais armas para lidar com uma possível guerra com a Rússia.

A quem interessa o conflito armado na Ucrânia? Não há dúvidas que o maior interessado com o conflito é a indústria bélica com a venda de armas. Recentemente, o Congresso dos Estados Unidos votou um projeto de lei chamado “Proteger a Ucrânia”, no valor de US$ 500 milhões para fornecer armamento à Ucrânia. O mesmo está acontecendo com outros países integrantes da OTAN. Pergunta-se: Mesmo bem armada, a Ucrânia teria condições de vencer a guerra com a Rússia? A resposta é não. Além da ampla superioridade militar, a Rússia é uma potência atômica, o que torna impossível um confronto direto dos aliados da OTAN, à exceção dos Estados Unidos, com a Rússia. Mas quase todos os países da região estão comprando armas, equipamentos militares e munição.
Com 102 guerras em seu “currículo” belicoso, os Estados Unidos são, provavelmente, um dos países mais envolvidos em ações militares do mundo que começou com a anexação de terras do México a seu território. Não é coincidência que os Estados Unidos sejam um dos países que mais se beneficiam economicamente de confrontos armados, já que as maiores exportadoras de armas do mundo são norte-americanas. Dos 10 maiores fabricantes de armas do mundo, seis são norte-americanas, sendo cinco delas líder da indústria bélica mundial. Não há dúvidas que a indústria bélica patrocina a guerra na Ucrânia como promoveu outras guerras no passado para ganhar dinheiro. A produção recorde de armamentos, cada vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática. Pudessem ser exibidos à luz do dia, veríamos que os principais patrocinadores dessa guerra fratricida é a indústria bélica, de ambos os lados das trincheiras. Fica evidente que, enquanto houver indústria bélica no mundo, as guerras continuarão a proliferar em todo o planeta. A paz no mundo só acontecerá quando houver o desarmamento de todos os países e a cessação da fabricação de armas.

 

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Por: Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor de 15 livros abordando temas como globalização, desenvolvimento econômico e social no Brasil e no mundo, aquecimento global e mudança climática, energia no mundo e no Brasil, as grandes revoluções científicas, econômicas e sociais, ciência e tecnologia e cosmologia.

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal Saúde no Ar

 

 

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