A Semana do Clima e os efeitos das queimadas e desmatamento da Amazônia

Na semana em que Salvador cedia a “Semana do clima – Climate Week”, São Paulo viu o céu escurecer com a fumaça das queimadas no Acre, Rondônia e na Bolívia. O Evento acontece durante o período de discussão sobre o desmatamento do maior ecossistema mundial.  

Segundo ambientalista o aumento de 82% dos focos das queimadas no país causou a “Chuva Preta” que atingiu São Paulo.  Para as regiões brasileiras, as alterações climáticas trazem efeitos diferentes, secas no Norte e Nordeste e enchentes no Sul e Sudeste, aumento de vazões de rios no Sul, alteração significativa de ecossistemas como o mangue, Pantanal e Hileia Amazônica. Dentre os impactos causados pelas queimadas estão: perdas de biodiversidade: tanto a vegetação quanto os animais sofrem com a destruição; perdas de qualidade do solo: a terra fica menos fértil e gradualmente mais frágil e problemas de saúde: a tendência é aumentarem os casos de doenças respiratórias nas cidades próximas às queimadas. 

No período de janeiro a agosto de 2019, foram 71.497 queimadas registradas no Brasil, em 2018 foram 39.194 no mesmo período.  Esta é a maior alta em 7 anos, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as informações foram geradas com base em análises de satélites. A região amazônica concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019, já o cerrado 30,1%, seguido pela Mata Atlântica, com 10,9%. 

No Brasil os responsáveis pelas verificações das queimadas e desmatamento florestal são: o Inpe que possui o Programa Queimadas, que monitora os focos ativos pela irradiação de calor, o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que capta a “cicatriz” do incêndio por meio de frações de luz. Além, da agência espacial americana (Nasa) e a agência espacial europeia (ESA) que possuem seus próprios sistemas.  

Durante o terceiro dia do evento, o Ministro Ricardo Salles falou sobre a visita que faria nas regiões de queimadas na Amazônia. “Vamos para a Amazônia fazer uma vistoria in loco junto com o governo do Mato Grosso, que é onde vem ocorrendo a maior quantidade dos pontos de queimada. É uma situação realmente preocupante, agravada pelo clima seco. Nós vamos atuar, tanto o ICMBio quanto o Ibama estão com todas as suas equipes de brigadistas, equipamentos, aeronaves e recursos disponíveis para apoiar os governos dos estados nesse combate às queimadas”. 

No dia 21.08 o evento também teve a participação do ex-ministro do Meio Ambiente do Peru e líder da ONG ambiental “World Wide Fund for Nature (WWF), Manuel Pulgar Vidal, do coordenador residente das Nações Unidas Niky Fabiancic e do diretor sênior de Política e Programa de Mudanças Climáticas da ONU, Martin Frick. 

 

Por: Joice M Araujo 

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