O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, concluiu que nas características e distribuição da população em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil, os pretos e pardos correspondem a 72,7% . São 38,1 milhões de pessoas nesta condição, as mulheres pretas ou pardas compõem o maior contingente: 27,2 milhões de pessoas.
A pesquisa comprova que a intensidade da pobreza são maiores em domicílios com presença de crianças. A situação compromete irreversivelmente o desenvolvimento físico e mental de crianças, condenando-os ao estado perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos independentes, perpetuando o ciclo de pobreza. O estudo deixa claro que os índices de fome são maiores na área rural do que na urbana.
Durante a pandemia do Coronavírus, mais de 580 mil pessoas morreram por conta da doença no Brasil, milhões foram contaminados e outros milhões perderam seus empregos e renda. A fome e a miséria batem à porta das casas dessas famílias com grande contigente de desempregados. Muitos que faleceram deixaram desamparados filhos e netos que eram mantidos com as pensões e aposentadorias.
Os que possuem empregos ou subemprego, estão afetados pela redução do poder de compra com o aumento nos preços dos alimentos. Isso obriga as famílias a reduzirem cada vez mais a qualidade e a quantidade de alimentos ingeridos.
Para ajudar essas pessoas, diversas organizações da sociedade civil brasileira se juntaram para arrecadar recursos com ações de combate à fome, miséria e violência. A campanha de ajuda humanitária Tem Gente Com Fome está sendo feita pela Coalização Negra por Direitos, em parceria com a Oxfam Brasil, Anistia Internacional, Associação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD), Redes da Maré, 342 Artes, Nossas – Rede de Ativismo, Instituo Ethos, Orgânico Solidário e Grupo Prerrô.
Estima- se que 55,2% dos lares brasileiros, correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, isto é, passaram fome.
No Norte e Nordeste, a fome atinge 18,1% dessas regiões e 13,8% dos domicílios, respectivamente, contra menos de 7% nas demais regiões do país,
A insegurança política e jurídica, ameaças de golpes, prejudica os investimentos no brasil . É preciso cuidar da imagem do país, pacificar conflitos, respeitar as leis a constituição, a democracia, o Meio Ambiente, e ter estabilidade jurídica, para que os investimentos retornem ao Brasil. Isso gera empregos e renda.
Conflitos entre poderes, ameaça de não eleição ou do não cumprimento de ordens judiciais e constitucionais , causa a insegurança e consequentemente o afastamento dos investidores. O Brasil precisa de vacinas para todos e de paz.
Jorge Roriz – Exibido no Programa Excelsior Saúde 24/09, no Quadro Opinião.