A parede do canal vulvo-vaginal é revestida por uma mucosa que, juntamente com a flora bacteriana e o pH da vagina, constitui uma importante barreira contra as infecções. Manter o equilíbrio natural da mucosa ajuda a prevenir o aparecimento de bactérias e fungos responsáveis por essas infecções vaginais. Para isso a mulher deve preocupar-se em ter uma higiene íntima adequada, através do uso de produtos específicos que respeitem o pH vaginal.
“A mulher deve fazer a higiene da zona vulvo-vaginal uma a duas vezes por dia, dependendo do clima, biótipo, actividade física e das doenças associadas”, refere Teresa Laginha, especialista de Medicina Geral e Familiar, sublinhando que “devem ser tidos em conta aspectos como a temperatura da água, que convém que seja tépida, sendo que para a higiene genital são preferíveis as lavagens com água corrente, para favorecer a remoção mecânica das secreções; e os produtos a utilizar devem ser preferencialmente apropriados para a higiene da zona do ânus e da vulva que sejam hipoalergénicos, com adstringência suave e pH ácido, variando entre 4,2 a 5,6”.
Não são apenas os hábitos de higiene que resultam no aparecimento de infecções vulvo-vaginais. Outros factores como a actividade sexual, a alimentação, o tipo de vestuário usado, doenças como a diabetes o ambiente hormonal e até o estado emocional podem influenciar o aparecimento destas infecções. Condição bastante frequente, conforme conta a especialista de Medicina Geral e Familiar: “as infecções vaginais afectam mais de 75% das mulheres, sendo que mais de 50% deste grupo apresenta esta situação de forma recorrente, referindo um impacto na sua vida superior ao que resulta das queixas locais”.
Fonte: Atlas da Saúde.