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A epilepsia não tem cura, mas pode ser controlada

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns em todo o mundo. Segundo dados da Organização Pan-americana de Saúde, 70 milhões de pessoas sofrem de epilepsia no mundo, a maioria nos países subdesenvolvidos. Dados recentes da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) calculam que existam atualmente no Brasil cerca de três milhões de pessoas com epilepsia, sendo que cerca de 600 mil só em São Paulo.

As repercussões sociais e psicológicas das epilepsias são enormes, assim como os problemas enfrentados pelos pacientes e seus familiares. A discriminação e preconceitos enfrentados por eles dificulta a inserção na sociedade, principalmente no que se refere à obtenção e manutenção de empregos, o que leva a dificuldades econômicas, inclusive para a aquisição dos medicamentos antiepilépticos.

Porém, apesar do estigma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 70% dos novos casos diagnosticados podem ser tratados com sucesso, desde que a medicação seja usada de forma correta. O problema é que 3/4 das pessoas acometidas pela doença não recebem o tratamento de que necessitam.

Para a OMS, esta grave doença de grande abrangência populacional continua sendo subfinanciada, subdiagnosticada, subtratada e excessivamente estigmatizada. As crises epilépticas duram alguns segundos ou minutos e põem ser acompanhadas por manifestações clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, movimento automáticos e involuntários, percepções estranhas visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória.

As indústrias farmacêuticas vem investindo em medicamentos para o controle da doença, com novas soluções clínicas para terapias adjuvantes no tratamento de crises parciais ou sem generalização secundária em pacientes a partir dos 17 anos. Atualmente, um dos medicamentos mais usados são a base da substância ativa lacosamida, existindo a perspectiva da comercialização, no primeiro semestre de 2016, de um medicamento inovador, cujo nome ainda não foi divulgado.

Segundo a neurologista carioca, Fabiana Lima, em entrevista ao Caderno de Ciências e Tecnologia do Jornal do Brasil, “é possível viver bem com epilepsia e ter uma vida plena, desde que tenha o tratamento adequado, o que pode diminuir e até zerar a quantidade de crises.”

http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2015/11/23/epilepsia-evolucao-causas-sintomas-e-tratamentos

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A.V.

 

 

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