Engenheiros de alimentos trabalham para garantir alimentação saudável para os brasileiros
Nas reuniões familiares de domingo, em meio à confraternização e fartura da mesa, uma profissão passa praticamente despercebida: a do engenheiro de alimentos. Apesar de soar invisível, é o trabalho desse profissional que garante a qualidade dos alimentos que chegam às casas dos brasileiros. Ter uma refeição que recebe o cuidado desse especialista não é exclusividade apenas do núcleo familiar que acabamos de imaginar. Isso por que, “um engenheiro de alimentos, em linhas gerais, é o profissional que está diretamente ligado à produção da maior parte de alimentos que consumimos diariamente,” explica Carlos Santana, engenheiro de alimentos formado na Universidade Estadual de Feira de Santana.
O seu trabalho vai desde garantir a escolha da melhor matéria prima para a composição do alimento até toda a linha de processamento do produto final. Além disso, o profissional também cuida da qualidade e da gestão das operações responsáveis por envolver esse alimento, desde a conservação até a chegada na prateleira do supermercado. “Eu acredito que a soma dos saberes da nutrição com a engenharia de alimentos é uma possibilidade de desenvolvimento muito grande”, explica Carlos Santana, engenheiro de alimentos formado na Universidade Estadual de Feira de Santana. Outro desafio da profissão é garantir uma boa refeição na correria do dia a dia, já que as pessoas, cada vez mais, têm menos tempo para preparar suas refeições e optam por se alimentar fora de casa. Nesse caso, para tornar a refeição atrativa, os engenheiros de alimentos unem sabor, regionalismos, etnias e as tendências que o mercado aponta.
Todo esse trabalho exige muita dedicação do profissional. Segundo Carlos Santana, isso só é possível “aliando o conhecimento da engenharia com o conhecimento da ciência e da tecnologia”. Um trabalho que influencia diretamente na saúde das pessoas e na economia de uma região. Isso porque, sociedades inteiras que estão relacionadas a uma determinada matéria prima com pouco valor agregado podem ver sua economia transformada, graças ao trabalho do engenheiro de alimentos, que transforma aquele componente em algo mais valioso para o mercado. Foi isso que fez Carlos Santana se apaixonar pela profissão. Segundo ele, o propósito do engenheiro de alimentos é tornar a sociedade melhor por meio da alimentação. “Engenharia de alimentos é conseguir transformar matéria prima em produtos saudáveis e produtos que atendam as especificidades do mercado e que mudem a sociedade em que eles estão inseridos”, explica o engenheiro.
Engenheiro de Alimentos ou Nutricionista? E se o trabalho do engenheiro de alimentos está diretamente ligado à saúde das pessoas, qual a diferença entre a engenheira de alimentos e o nutricionista? O engenheiro de alimentos está mais ligado à tecnologia e trabalha com o processamento do alimento para obter um produto de qualidade para o consumo. Já o nutricionista é um profissional da área de saúde, que está mais interessado no efeito que esse alimento, estudado e produzido com a ajuda do engenheiro, tem sobre o organismo do consumidor. São profissões diferentes que se complementam. “Eu acredito que a soma dos saberes da nutrição com a engenharia de alimentos é uma possibilidade de desenvolvimento muito grande”, explica Santana. Todo esse dinamismo da profissão exige um certo jogo de cintura para que o engenheiro de alimentos alcance suas metas, já que o seu trabalho cruza com o de outros profissionais, como o próprio nutricionista, além de veterinários e agrônomos. “Ao mesmo tempo que você está no ambiente de fábrica, você pode ter que ir ao campo conversar com outros profissionais para conseguir desenvolver o seu trabalho”, afirma o engenheiro de alimentos. Ainda segundo Santana, a alimentação funciona como uma espécie de rede social, porque consegue cumprir o papel de reunir pessoas, comunicar e gerar memórias e, dessa forma, permanece presente em todos os momentos da vida de cada um. “Qualquer coisa que você faça, você não consegue tirar a alimentação do enfoque”, conclui.
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