A desigualdade social afeta a saúde

O problema de desigualdade social existe desde o período neolítico, com o passar dos anos esse quadro só intensificou. Segundo a ONU, o Brasil é o oitavo país com maior índice de desigualdade social e econômico do mundo, sendo que esses problemas incluem também impactos na saúde pública, saneamento, água tratada e exposição a riscos ambientais.

O percentual de famílias que vivem em extrema pobreza aumentou em quase todos os estados do Brasil nos últimos quatro anos, em especial no Nordeste, apontou um estudo feito pela Tendências Consultoria. Essa condição atinge pessoas com renda familiar per capita de até R$ 85 por mês, segundo a medição do governo.

Na média nacional, a miséria subiu para 4,8% da população em 2017, contra 3,2% em 2014. Nestes quatro anos, ela só não aumentou em dois dos 27 estados brasileiros, Tocantins e Paraíba.

Para identificar e reduzir a miséria, o governo criou planos contra a pobreza,  como Bolsa Família que durante uma década conseguiu reduzir a metade do problema no Brasil, o Cadastro único que passou a identificar geograficamente os mais pobres do país e o Brasil Sem Miséria, que promete eliminar a situação de extrema necessidade entre milhões de brasileiros.

A Segurança alimentar e nutricional, educação, saúde, acesso a água e energia elétrica, moradia, qualificação profissional e melhora da inserção no mundo do trabalho são algumas das dimensões em que a pobreza se manifesta.

Mas mesmo com os planos governamentais em ação, a taxa de miséria não apresentou uma extinção e nem mesmo uma redução no cenário atual, a causa só se agravou. Como efeito disso, tem mais pessoas em filas de Hospitais Público, moradias em lugares inapropriados, ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis associadas a fatores de risco como o tabagismo e a obesidade. E a pergunta é, o que precisamos para reduzir a pobreza no Brasil ? A quem interessa a pobreza ? Quais os às suas reais causas e consequências ?

O assunto foi tema do Programa Saúde no ar desta sexta-feira (23.11) com a condução de Patrícia Tosta e o nosso colunista Ezequiel Oliveira. Entre os convidados está o Econômista, Presidente do Corecon-BA Reinaldo Sampaio, Articuladora da ASA Consuelo Pires, Missionária do SMIC, e  Henrique Peregrino o Prior da Comunidade da Trintade.

Ouça a entrevista: