Gestores do Hospital da Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Estado da Bahia (HCT) são alvos de uma ação civil pública por improbidade administrativa protocolada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DP-BA). Os acusados são o ex-diretor-geral da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (SEAP), Jackson Bonfim Almeida de Cerqueira, e o diretor-geral do Hospital de Custódia e Tratamento de Salvador, Paulo Barreto Guimarães.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (10.06) pelo jornal A Tarde, o processo questiona a aquisição de quatro máquinas de lavar industriais, no valor de R$ 101.398 mil em 2011 cuja instalação custaria R$ 350 mil, ou seja, quase três vezes mais do valor do equipamento. Conforme a promotora Rita Tourinho, as máquinas ficaram de fora do prédio se deteriorando durante dois anos e estão desligadas até hoje.
Na ação, o MP e a DP ainda relatam o sucateamento de equipamentos vitais para o funcionamento do hospital e citam relatório técnico de inspeção da vigilância sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, que detectou ainda diversas irregularidades na instituição.
A promotora disse ainda, na entrevista ao jornal, que o MP investiga o hospital desde o final de 2013 devido à precariedade das suas condições higiênicas,sanitárias e estruturais. Além de pedir a indisponibilidade de bens dos investigados pela aquisição das máquinas, o MP informa que eles poderão sofrer sanções como aplicação de multas e suspensão dos direitos políticos.
A.V.