De acordo com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom; em coletiva virtual, “nenhum país sairá da pandemia da covid-19 com doses de reforço de vacinas“.
O líder da OMS tem se manifestado reiteradamente contra a administração de doses adicionais de vacinas contra a covid-19 quando uma parte da população mundial; os mais pobres, especialmente na África, continua sem receber o imunizante.
Segundo o diretor os “programas indiscriminados de reforço” da vacinação “tendem a prolongar a pandemia em vez de acabá-la, desviando as doses disponíveis para países que já têm altas taxas de vacinação; dando assim ao vírus mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações”.
A advertência acontece após quando vários países avançarem com o reforço da vacinação contra a covid-19 com uma quarta dose. Israel decidiu administrar a quarta dose a pessoas com mais de 60 anos; bem como a profissionais de saúde por causa da variante Ômicron do novo coronavírus, considerada mais contagiosa. O Brasil, iniciará vacinação da 4ª dose para imunossuprimidos.
Contudo, o médico destaca que as doses convencionadas das vacinas contra a covid-19 (duas doses) “continuam eficazes” contra as variantes do SARS-CoV-2.
No Brasil
Até o momento, 382 milhões de doses foram distribuídas aos estados. Dessa forma, no total, 159 milhões de pessoas da população-alvo receberam ao menos uma dose da vacina, o equivalente a 91% desse público. Já 129,7 milhões de pessoas tomaram duas doses da vacina ou a dose única, o que representa quase 73% do público principal.
De acordo com Marcelo Queiroga, “A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco. Informem-se sobre o calendário vacinal de seu município e veja se já chegou a sua vez”.