O governo Indiano, emitiu alerta sobre a descoberta de uma nova variante, chamada “Delta Plus” (B.1.617.2.1); de acordo com o Ministério da Saúde do país, a nova cepa é dominante no país asiático, conhecida como Delta (B.1.617.2).
Segundo o governo local, a nova linhagem surgiu em abril e detectada ao menos em 40 amostras em três estados indianos, Maharashtra, Kerala e Madhya Pradesh.
Contudo, além da Índia, a variante já está presente em amostras do vírus em pelo menos outros nove países: China, Estados Unidos, Japão, Nepal, Polônia, Portugal, Reino Unido, Rússia e Suíça.
Embora no comunicado o governo tenha classificado a nova cepa como uma VOC; sigla utilizada para descrever formas do vírus com mutações que são de maior preocupação; até o momento não há consenso referente ao potencial mais transmissível ou até mesmo perigoso do ponto de vista de saúde pública.
Assim, entre as mutações mais preocupantes encontradas na Delta são a D614G (identificada como a primeira mutação que o coronavírus ancestral sofreu e que se tornou presente em quase todas as linhagens subsequentes); bem como a L452R (associada a uma transmissão até 20% maior e à capacidade de bloquear a ação de anticorpos); e a P681R (presente também na variante Alpha, a a primeira variante a ser identificada, no Reino Unido em 2020).
A Cepa
Chamada, de Delta Plus; a nova cepa possui mutação adicional, a K417N, presente na variante conhecida como Beta (B.1.351; ou identificada primeiro na África do Sul). Essa mutação é um dos possíveis mecanismos pelo qual a variante sul-africana consegue escapar dos anticorpos formados após a infecção natural pelo vírus.
Dessa forma, até o momento, a transmissão da Delta continua dominante em relação às outras cepas na Europa, que deve chegar a até 90% das amostras após o verão, segundo um estudo divulgado nesta quarta (23). De acordo com novo relatório do Reino Unido, o governo britânico indicou a presença da variante em 99% das amostras sequenciadas.