De acordo com pesquisas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia; é possível que nova variante do coronavírus encontrada em pacientes japoneses tenha origem no Amazonas. Segundo informações, as mutações inéditas, pode ser uma nova linhagem brasileira.
O estudo revela que duas mutações descritas simultaneamente na proteína Spike; responsável pela ligação do vírus às células que é relacionada à capacidade de transmissão do coronavírus. Os dados apontaram que a linhagem B.1.1.28, presente em todo o País e a mais frequente no Amazonas, sofreu uma série de mudanças.
Em entrevista ao portal Uol; o pesquisador da Fiocruz Amazonas Felipe Naveca; disse que “os japoneses colocaram os dados do sequenciamento no banco de dados internacional, e as amostras colhidas agrupam com as nossas aqui”. “É o mesmo vírus, mas com muitas mutações”.
De acordo com o cientista o sequenciamento do vírus que aconteceu no Japão foi comparado com as amostras existentes no banco de dados do Amazonas coletadas entre abril e novembro do ano passado. Amostras locais de dezembro estão em fase final de análise no estado e ajudarão a entender melhor a atuação das mudanças do vírus na nova onda de casos.
“Acredito que essas mutações possam ser parte da explicação para essa explosão de casos aqui no Amazonas. Mas nós sabíamos que o número de casos iria aumentar porque as pessoas não estavam fazendo distanciamento; nos dias 26 e 27 de dezembro houve protesto porque o governador mandou fechar o comércio, houve as festas de fim de ano. E o sistema de saúde do estado já estava fragilizado, é uma situação multifatorial a meu ver”.
Além disso, o pesquisador ressalta que “é importante explicar às pessoas que mutações ocorrem de forma natural nos vírus, e algumas poucas dão mais vantagens a ele”. “É uma evolução natural do vírus.