Reitores dizem que corte previsto para educação brasileira em 2021 pode inviabilizar atividades em universidades federais

A pandemia do novo coronavírus afetou todos os setores, a educação não foi exceção, a primeira medida para tentar amenizar os problemas causados no segmento durante o distanciamento social foi o ensino à distância. Em meio à readequação, universidades e institutos federais de ensino deverão enfrentar em 2021 um obstáculo extra para a retomada das aulas presenciais: um orçamento ainda mais enxuto. A previsão de corte é de R$ 1,43 bilhão nas verbas para as instituições federais chega dentro de um quadro em que houve mais gastos com a expansão de vagas, sem que os recursos aumentassem na mesma proporção.

A retomada do ensino presencial durante a pandemia de Covid-19 agrava ainda mais a situação: reitores preveem gastos mais altos com a compra de equipamentos de proteção, reforços nas equipes de limpeza e adaptações nas salas de aula e nos sistemas de ventilação. Na ultima, segunda-feira (10/08) o Ministério da Educação disse que, dos R$ 4,2 bilhões que podem sair do orçamento do ano que vem, R$ 1 bilhão deixará as mãos das universidades e R$ 434,3 mil, dos institutos federais. O número de matriculados nessas instituições totaliza 1,2 milhão de estudantes.

O Ministério da Educação ainda não detalhou quais serão outras áreas (educação básica, por exemplo) e programas atingidos pelos outros R$ 2,75 bilhões restantes do total de R$ 4,2 bilhões que deixariam o orçamento. Segundo o MEC, a crise econômica causada pela pandemia provocou a redução na arrecadação e, consequentemente, no orçamento. Por outro lado, segundo as universidades, a Covid-19 trará aumento nos gastos do ensino superior quando as aulas presenciais forem retomadas.

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